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Vice-governadora e aliados rebatem Daniel Coelho sobre acusação de dívida do governo com o metrô

A vice-governadora de Pernambuco, Luciana Santos (PCdoB), rebateu nesta quarta-feira (19) as críticas do deputado federal Daniel Coelho (Cidadania) ao governador Paulo Câmara (PSB) sobre dívida do governo com o metrô do Recife referente à arrecadação do Vale Eletrônico Metropolitano (VEM) nas estações. Desde quando ocorreu a colisão entre dois trens nessa terça-feira (19) que deixou 62 pessoas feridas, a situação do metrô tem estado no centro do debate entre os atores políticos envolvidos nas eleições municipais do Recife.

Em vídeo publicado nas redes sociais nesta quarta (19), Daniel acusou o PSB – Paulo Câmara e o deputado federal João Campos – de fazer “demagogia” sobre a situação do metrô do Recife. “A situação do metrô é uma vergonha, de abandono, um serviço de péssima qualidade e isso tem de ser cobrado. É papel de todos nós e a sociedade tem que ficar altiva sobre esse assunto. Mas não dá para aceitar que o PSB, a gestão deles, esteja devendo R$ 100 milhões ao metrô do Recife de dinheiro que foi arrecadado da passagem do povo e ainda queira fazer demagogia em cima”, afirmou Daniel, que é pré-candidato à Prefeitura do Recife.

Luciana classificou a declaração de deputado como “inadequada” e considerou que nesse momento não cabe a “guerra política”. “É evidente que esse é um transporte federal e essa tentativa de colocar no colo do governo faz parte dessa disputa mas, infelizmente, inadequada, porque é grave a situação do metrô”, disse a vice-governadora ao JC nesta quarta-feira (19) durante o Bloco Mamas Saudáveis, organizado pelo PSB mulher e que tem como mote o combate ao câncer de mama.

Ela ressaltou a intenção do governo de Jair Bolsonaro de privatizar o sistema metroviário. “Em função dessa decisão política há como tudo que o governo federal tem feito de desconstruir, de dizer ‘Isso não presta, esse serviço não serve, por isso que tem que privatizar, mas ao longo desse tempo matou por omissão a CBTU.

É um debate importante porque diz respeito ao direito de ir e vir, um direito básico que é um transporte e a gente vive esse drama de ver isso desmilinguir, porque todos os estudos são comprovadores de que a sustentabilidade desse sistema depende muito do aporte público”, pontuou Luciana.

O deputado federal João Campos, que tem sido cotado como pré-candidato a Prefeitura do Recife pelo PSB, também rebateu as críticas do líder do Cidadania. De acordo com Campos, que nesta quarta-feira (19), protocolou um pedido de informação cobrando esclarecimentos do governo federal, não é momento para politizar o assunto, mas defender os cidadãos que precisas de um transporte público de qualidade.

“Nunca abrirei mão de fazer essa defesa do povo recifense e para que o governo federal cuide com atenção do metrô, que não tem feito isso nos últimos tempos. Enquanto as informações (de Daniel) elas são inverídicas. O governo do Estado já soltou nota mostrando que o valor repassado pelo Estado no ano passado foi mais R$ 39 milhões. Tem também o valor de R$ 1,5 milhão que ainda vai ser repassado e tem um embate judicial que a Justiça vai definir, porque o Estado diverge do valor que o metrô solicita, porque teve o reajuste de passagem. Isso vai ser feito um debate na Justiça e não tentando fazer uma escalada eleitoral em cima disso”, disparou Campos.

Para o deputado federal Danilo Cabral (PSB), o que vem acontecendo no metrô é um reflexo, do que ele denomina de apagão dos serviços públicos no País. “Não é só especificamente o metrô, mas ele é parte de uma pauta que está levando a um apagão do serviço público. Nós também vivemos o apagão do bolsa família, com 500 mil pessoas que estão na fila para ter acesso ao benefício. Também temos o apagão do INSS, com dois milhões de brasileiros na fila para terem seu direito de aposentadoria reconhecido”, apontou o socialista.

“O que estamos vivenciando são as consequências daquilo que estamos alertando desde que essa pauta foi colocada ainda no governo do ex-presidente Michel Temer, uma pauta que retira direitos, corta políticas públicas e que quer privatizar. Quem paga essa conta é a população e o metrô é mais uma prova disso”, concluiu Cabral.
Fonte – JC

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