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Indefinição do MDB dificulta construção majoritária

Partido que ganhou significativo protagonismo em Pernambuco desde a redemocratização quando elegeu Miguel Arraes governador em 1986 e Jarbas Vasconcelos em 1998 e 2002, o MDB ainda emplacou vitórias majoritárias em 2006 e 2018 com Jarbas senador e em 2014 com Raul Henry vice-governador.

A entrada do senador Fernando Bezerra Coelho no partido em 2017 gerou uma expectativa de o partido liderar um projeto em 2018, porém não se materializou, pois o grupo hegemônico no partido ganhou na justiça o direito de permanecer no controle da sigla. Naquele pleito, a sigla obteve vitórias ao lado do PSB, enquanto Fernando apoiou o projeto da oposição.

Em 2020, o prefeito de Petrolina, Miguel Coelho decidiu filiar-se ao MDB e foi reeleito com expressiva votação, após o resultado tentou construir dentro do partido uma candidatura a governador, porém apesar do legítimo direito da jovem liderança do sertão, não há um posicionamento muito claro do presidente estadual do MDB, o deputado federal Raul Henry, sobre este projeto. E ao que tudo indica, a posição do grupo hegemônico da sigla, deverá ser pela permanência da aliança com o PSB, pois não há uma sinalização favorável ao projeto de Miguel Coelho no partido.

Faltando um ano para as definições sobre os candidatos através das convenções partidárias, essa ausência de posicionamento do partido em benefício de Miguel dificulta muito a construção de um projeto majoritário pela sigla. Cabendo, muito provavelmente, ao prefeito, a decisão de permanência na sigla e considerar claramente a hipótese de não disputar 2022, ou deixar o partido e se filiar ao Democratas com o objetivo de enfrentar o candidato do PSB no campo da oposição.
Fonte – Edmar Lyra

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