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Em paralisação na BR-101, em Igarassu, caminhoneiros afirmam que não precisa se preocupar com falta de alimento, “a Ceasa não vai parar”

Ocupando duas das três faixas de carro da BR-101 em Igarassu, com quase um quilômetro de extensão até às 23h40 da noite desta quarta-feira (8), em greve, caminhoneiros afirmam que não há necessidade da população se preocupar com alimentação. Já sobre o combustível, não há garantia; postos já estão lotados. O aumento do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) e do preço do combustível é uma das reivindicações da classe. Cargas vivas, de medicamentos, Ceasa (Centro de Abastecimento e Logística de Pernambuco) e oxigênio não terão a obrigação de paralisar.

Sem previsão para término e com manifestação marcada para este domingo (12), José Ramos, que faz apoio ao coordenador do movimento desde o início da paralisação na tarde de quarta-feira, explicou que algumas cargas estão com passagem liberada na barreira. “Caminhões da Ceasa tão deixando passar porque são cargas vivas. A população não precisa ter desespero. Está passando a Ceasa, uma das três faixas está liberada. Carro com carga viva está passando para que não haja falta de comida para o povo. A gente tá parando todo tipo de carreta, menos cargas vivas, perecíveis, de medicamento e oxigênio”. Enquanto a reportagem do DP estava no local, alguns caminhões eram obrigados a parar enquanto outros, que transportavam insumos, eram liberados.

“Alguns caminhoneiros estão passando na barreira e daqui a um tempo vão ter livre acesso. Tem caminhoneiro que não quer aderir, vai poder passar direto. Aquele que quiser passar duas horas, meia hora, um dia ou dois, vai ficar. A gente não tem previsão sobre o término”, explicou Ramos. Caminhoneiros que protestavam reclamavam da desorganização deste ano.

O caminhoneiro Marcelo de Freitas, que também participou da paralisação da classe em 2018, lembrou ter ficado “nove dias na pista”. “Tá tudo errado. Muita roubalheira, muita coisa errada. Acho que tá na hora de dar um basta, já que os políticos não estão fazendo a coisa certa e falam tanto de Constituição, mas a do nosso País não está sendo respeitada. A última greve que teve eu estava no Rio de Janeiro e fiquei nove dias parado em cima da pista”, contou.

Em 2018, a classe parou serviços de fornecimento de combustível, distribuição de alimentos e insumos médicos durante 10 dias. A motivação era a redução do preço do óleo diesel, que havia subido mais de 50% em 12 meses.

Caminhões da Ceasa eram liberados do bloqueio feito pelos caminhoneiros, para parar quem não quisesse participar da paralisação. No entanto, questionado sobre o combustível, Freitas pontuou, “tem que parar, né? Acho que todo mundo tem que se ajudar”. “Tá todo mundo lutando por uma causa justa, não é ninguém pensando só no próprio nariz. Se vai ver, tá tudo caro, aumentando, não é só combustível, mas alimentação também, tá tudo caro”, ressaltou.

Por sua vez, José Ramos contou alguns dos pleitos da paralisação. “Estamos aqui desde às 16h parando os caminhoneiros para que a gente melhore a nossa cidade, nosso Estado e o nosso Brasil. Estamos na pauta do ICMS estadual, queremos que ele diminua para que melhore a vida das pessoas mais carentes. Estamos lutando para que o governo do Estado bote a mão na consciência e faça o melhor para o povo de Pernambuco”.
Fonte – Diário de PE

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