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Barroso rebate ataques contra o TSE

O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), fez um pronunciamento, hoje, em resposta a ataques do presidente Jair Bolsonaro durante manifestações antidemocráticas realizadas no 7 de Setembro.

Durante o pronunciamento, Barroso rebateu, ponto a ponto, a algumas das declarações de Bolsonaro sobre o TSE, o processo eleitoral e as urnas eletrônicas.

Veja abaixo algumas das declarações de Bolsonaro destacadas por Barroso e as respostas do presidente do TSE a elas:

Bolsonaro:

“Não podemos admitir um sistema eleitoral que não fornece qualquer segurança.”

Barroso:

As urnas eletrônicas brasileiras são totalmente seguras. Em primeiro lugar, elas não entram em rede e não são passíveis de acesso remoto. Podem tentar invadir os computadores do TSE (e obter alguns dados cadastrais irrelevantes), podem fazer ataques de negação de serviço aos nossos sistemas, nada disso é capaz de comprometer o resultado da eleição. A própria urna é que imprime os resultados e os divulga.

Os programas que processam as eleições têm o seu código fonte aberto à inspeção de todos os partidos, da Polícia Federal, do Ministério Público e da OAB um ano antes das eleições. Estará à disposição dessas entidades a partir de 4 de outubro próximo. Inúmeros observadores internacionais examinaram o sistema com seus técnicos e atestaram a sua integridade.

Ainda hoje, daqui a pouco, anunciarei os integrantes da Comissão de Transparência das Eleições, que vão acompanhar cada passo do processo eleitoral. Nunca se documentou qualquer episódio de fraude.

O sistema é certamente inseguro para quem acha que o único resultado possível é a própria vitória. Como já disse antes, para maus perdedores não há remédio na farmacologia jurídica.

Bolsonaro:

“Nós queremos eleições limpas, democráticas, com voto auditável e contagem pública de votos.”

Barroso:

As eleições brasileiras são totalmente limpas, democráticas e auditáveis. Eu não vou repetir uma vez mais que nunca se documentou fraude, que por esse sistema foram eleitos FHC, Lula, Dilma e Bolsonaro e que há 10 (dez) camadas de auditoria no sistema.

Agora: contagem pública manual de votos é como abandonar o computador e regredir, não à máquina de escrever, mas à caneta tinteiro. Seria um retorno ao tempo da fraude e da manipulação. Se tentam invadir o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal, imagine-se o que não fariam com as seções eleitorais!

As eleições brasileiras são limpas, democráticas e auditáveis. Nessa vida, porém, o que existe está nos olhos do que vê.

Bolsonaro:

“Não podemos ter eleições onde pairem dúvidas sobre os eleitores.”

Barroso:

Depois de quase três anos de campanha diuturna e insidiosa contra as urnas eletrônicas, por parte de ninguém menos do que o Presidente da República, uma minoria de eleitores passou a ter dúvida sobre a segurança do processo eleitoral. Dúvida criada artificialmente por uma máquina governamental de propaganda. Assim que pararem de circular as mentiras, as dúvidas se dissiparão.
Fonte – Blog do Magno

politicapernambucana #politica

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