Petistas mais presentes em agendas dão passos largos para aliança com PSB
No ninho socialista, já não se faz arrodeios, em conversas reservadas, sobre os largos passos que o PSB e o PT vêm dando na direção de formalizar aliança para as eleições gerais de 2022. Em Pernambuco, epicentro das negociações, o senador Humberto Costa cumpriu a terceira agenda ao lado de Paulo Câmara na última quinta-feira, na Mata Sul. A presença do senador reforça a visibilidade do PT no palanque do socialista. O detalhe é que aliados do governador apontam ainda que o maior participante desse périplo pelo Estado, um desdobramento do Plano Retomada, é outro petista: o deputado federal Carlos Veras. Integrantes atentos da Frente Popular, ao abordarem essa aproximação cada vez mais intensa, sugerem, inclusive, uma “retrospectiva” da série de atos que o chefe do Executivo estadual vem comandando em regiões diversas, desde agosto, como forma de fazer a conta do alto volume de participações do deputado federal petista. As agendas casadas vão sacramentando a tendência de composição eleitoral em curso para o ano que vem, mas são também, dizem socialistas nas coxias, um meio de jogar luz na imagem de quem participa.
Em outras palavras, correligionários do governador fazem a conta de como os eventos cresceram desde as primeiras agendas, nos Sertões do Pajeú e do São Francisco, para cá. E, se admitem que, dificilmente, PT e PSB não estarão juntos em 2022, adotam cautela maior ao abordar a arrumação da chapa majoritária, evitando apontar que as aparições de Humberto Costa tenham relação com eventuais chances de Paulo Câmara concorrer ao Senado, uma vez que o petista tem nome ventilado para encabeçar uma chapa majoritária. O PSB, a despeito das negativas sucessivas do próprio, ainda trabalha com a variável de Geraldo Julio para candidato a governador. Na legenda, ainda se repisa que, caso ele não aceite concorrer mesmo, o processo de montagem da chapa “zera”. O mesmo não deve ocorrer, no entanto, com a articulação com o PT, que, com ou sem lugar na chapa majoritária, “caminha a passos largos”, define, à coluna, uma fonte que acompanha as negociações.
Fonte – Blog Folha PE