Eleitor recifense dá guinada à centro-direita e traz alerta a Marília Arraes
As últimas três eleições, considerando 2018, 2020 e 2022 trouxeram um dado sobre o comportamento do eleitor recifense que é o da convergência para a centro-direita e que se tornou mais latente no primeiro turno deste ano. Na eleição de 2018 o presidente Jair Bolsonaro foi o mais votado do primeiro turno na capital pernambucana e ampliou seus votos no segundo turno mesmo sendo derrotado por uma pequena margem para Fernando Haddad.
Em 2020 o quadro se manteve estável, onde os candidatos de centro-direita ficaram com cerca de 42% dos votos válidos no primeiro turno, na segunda etapa esse eleitor foi determinante para que João Campos derrotasse Marília Arraes no segundo turno por uma diferença de quase 100 mil votos. Já no primeiro turno deste ano, o eleitor recifense mandou um recado ainda mais duro, quando deu a Jair Bolsonaro quase 40% dos votos válidos contra Lula, tido como a liderança mais importante para o eleitor no estado, garantiu a Gilson Machado quase 40% dos votos válidos e na disputa para governador garantiu aos nomes de centro-direita mais de 63% dos votos válidos contra pouco mais de 34% a Danilo Cabral e Marília Arraes.
Os números apontam para um crescimento do eleitor de centro-direita no maior colégio eleitoral do estado, Recife, que possui mais de 20% dos votos pernambucanos e com grande influência na Região Metropolitana, que compreende mais de 40% do eleitorado do estado. Primeira colocada no primeiro turno, Marília Arraes precisa ampliar sua votação no Recife e adjacências para consolidar suas chances de vitória no segundo turno, e o antipetismo poderá ser um obstáculo a essa necessidade, que exige uma estratégia diferenciada para lograr êxito no dia 30.
Fonte – Edmar Lyra
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