Oposição deverá repetir fragmentação no Recife
Nas eleições de 2020, a oposição se fragmentou em quatro candidaturas, Patrícia Domingos, Mendonça Filho, Carlos Andrade Lima e Alberto Feitosa, enquanto a Frente Popular lançou João Campos pelo PSB e Marília Arraes disputou pelo PT, os dois últimos foram ao segundo turno e João acabou vitorioso.
Em 2022, a história se repetiu e a oposição se fragmentou em três candidaturas, Raquel Lyra, Miguel Coelho e Anderson Ferreira, enquanto a Frente Popular reunificada com PT e PSB lançou Danilo Cabral. Marília Arraes, por sua vez, deixou o PT e disputou pelo Solidariedade. Desta vez não houve um embate entre PSB e Marília, uma vez que Danilo ficou na quarta colocação, e acabou que Raquel Lyra venceu no segundo turno a candidata do Solidariedade.
Em 2024, PT e PSB reeditarão a aliança de 2022, unificando o campo de esquerda em torno da reeleição de João Campos, Marília ficou sem mandato e fragilizada politicamente para tentar novamente a prefeitura do Recife, o que leva a crer que João Campos desta vez deverá unificar todo o eleitorado de esquerda, que em 2020 deu a ele e a Marília cerca de 57% dos votos válidos no primeiro turno.
Já a oposição, mesmo tendo vencido a disputa pelo governo de Pernambuco com Raquel Lyra, não dá sinais de entendimento. Uma vez que a própria governadora que poderia fazer este papel de liderar uma ampla frente política no Recife, optou por não prestigiar em seu governo nem o PL de Anderson Ferreira nem o União Brasil de Miguel Coelho. Portanto, a tendência é de nova fragmentação, com chances do PSDB/Cidadania ter um candidato que pode ser Daniel Coelho ou Priscila Krause, o PL também lançar André Ferreira e ainda haver o lançamento de um nome bolsonarista na disputa. Vale ressaltar que o União Brasil, de Miguel Coelho, que em 2020 lançou Mendonça Filho pelo Democratas e Carlos Andrade Lima pelo PSL, estará oficialmente no palanque de João Campos.
Com isso, a oposição teria nova fragmentação, mas sem uma estratégia definida, assim como foi em 2020, e agora pode ser igualmente prejudicada porque diferentemente da sucessão de Paulo Câmara, onde o PSB estava fragilizado, João Campos a cada dia que passa se fortalece para conquistar o segundo mandato, reforçando os índices de aprovação da sua gestão, ampliando a capacidade de entregas e atraindo cada vez mais forças políticas para o seu palanque.
Fonte – Blog Edmar Lyra
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