Governo renova decreto que coloca região do Canal do Fragoso como interesse público e desapropria terreno
O governo de Pernambuco publicou um decreto nesta quarta (15) desapropriando uma área de 220,7 hectares no município de Olinda – próxima ao Canal do Fragoso – que será utilizada para a execução de serviços da Via Metropolitana Norte.
Segundo informações do governo, a desapropriação possibilitará o destravar as obras e as intervenções no canal – que são responsáveis por alagamentos na região nos períodos de chuva. O Canal do Fragoso está em obras desde 2013.
Umas das explicações para o atraso da obra – que já teve 2,3 quilômetros executados e aguarda a conclusão de outros 2,1 quilômetros – é a remoção dos imóveis localizados “literalmente no curso do canal”.
De acordo com a Companhia Estadual de Habitação (Cehab), “1.500 imóveis foram cadastrados para indenizações aos proprietários”, totalizando R$ 38 milhões.
“As famílias vêm recebendo indenizações correspondentes aos materiais empregados nas casas. Os terrenos não pertencem a elas”, disse o governo, através de assessoria de comunicação.
Até agora, 250 famílias que moram na região negociaram os seus imóveis e estão aguardando a liberação das indenizações para deixarem as casas.
“As empresas envolvidas nas obras estão colocando caminhões de mudança à disposição dos moradores para levar seus pertences aos novos lares”, detalhou a Cehab.
De acordo com companhia, as famílias que moram em áreas irregulares e não aceitaram sair da região estão sendo sensibilizadas a deixarem a área – sujeita a alagamentos e enchentes no período de chuvas no Grande Recife.
A expectativa previsão das empresas responsáveis pela obra – OTL e Geosolo – é de que a ‘quarta etapa A’ do projeto seja entregue até janeiro de 2024. Nesta etapa estão o revestimento e o alargamento do canal e a construção de vias de acesso ligando a rodovia PE-15 à ponte do Janga.
Para concluir a obra será necessária uma segunda etapa – ampliando o Canal do Fragoso até o mar.
O governo ainda não tem os recursos necessários para esta segunda parte da obra, orçada em R$ 100 milhões.
“Os recursos para esse intervalo serão levantados pelo governo do Estado através de uma operação de crédito”, diz a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh).
Fonte – G1
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