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Na passagem pelo Recife, amanhã, o presidente Lula dará uma atenção especial aos seus aliados, dentro da engrenagem do PT ao PSB. Embora sua agenda inclua almoço no Palácio das Princesas, oferecido pela governadora Raquel Lyra (PSDB), a pauta administrativa tem coloração socialista, a partir do local escolhido para o lançamento do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).

Será no Ginásio Geraldão, equipamento gerido pela Prefeitura do Recife, do aliado João Campos (PSB), sem qualquer relação com o Governo do Estado. É o próprio PSB, de João, Geraldo Júlio e do presidente nacional, Carlos Siqueira, que assumiu a logística do evento, convidando todos os prefeitos filiados à legenda ou que fizeram parte da aliança que levou o partido a governar o Estado por 16 anos.

O cenário do Geraldão, portanto, será todo montado sem a menor participação do Estado. A governadora, aliás, participará da solenidade de forma institucional. “O convite a Raquel foi protocolar”, lembra um socialista, que mandou preparar até chapéu de palha para o presidente da República. Trata-se de um símbolo dos governos socialistas do Estado, a partir do programa Chapéu de Palha, implantado pelo ex-governador Miguel Arraes.

Caberá ao prefeito João Campos fazer a fala com o mote da política. Tudo para destacar o papel preponderante que as forças no campo da esquerda exerceram na eleição do presidente, que ganhou em todos os Estados do Nordeste, tendo na Bahia dois milhões a mais dos votos que eram previstos pelo próprio Lula. “O Nordeste é Lula e ao chegar a Pernambuco, o presidente sinaliza que o Nordeste será sua prioridade”, diz o deputado petista Carlos Veras.

Presidente estadual do PSB, o deputado Sileno Guedes diz que a ida de Lula ao Palácio das Princesas para almoço não pode ser interpretada como uma deferência do presidente a uma força que não esteve do seu lado na campanha presidencial. “Por onde passa, Lula é rigoroso na questão protocolar e em Pernambuco não poderia ser diferente”, atesta Sileno.

Segundo ele, todos os prefeitos do PSB foram convidados para o evento, assim como gestores que ajudaram Lula a retomar o poder de Bolsonaro. “É a primeira vez que Lula volta ao Estado como presidente e temos a obrigação de fazer uma grande festa para ele”, acrescenta o presidente socialista.

Fonte – Folha Pe

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