Ao entregar o Detran para o grupo Ferreira em Pernambuco, a governadora Raquel Lyra (PSDB) jogou luzes nas eleições municipais do ano que vem. Fez, também, a opção de construir uma aliança com o PL e com os evangélicos para tentar derrotar o prefeito João Campos (PSB), candidato à reeleição. A tucana mandou um sinal de que está reagindo às movimentações do PSB, que já reatou sua aliança com o PT.
Tão logo saiu das urnas como o deputado federal mais votado de Pernambuco nas eleições passadas, passando da casa dos 273 mil votos, André Ferreira, irmão do presidente estadual do PL, Anderson Ferreira, admitiu disputar a Prefeitura do Recife. Na capital, teve um balaio de votos, mais de 75 mil votos, o que o credencia para uma disputa majoritária no ano que vem.
Raquel tem dois pré-candidatos de olho na Prefeitura do Recife: a vice-governadora Priscila Krause (Cidadania) e o secretário de Turismo, Daniel Coelho, ambos já em pré-campanha, mesmo que de forma discreta. A rádio-corredor do Palácio das Princesas informa que Raquel não quer abrir mão da companhia de Priscila na gestão do dia a dia do Estado e que por isso estaria convencida em apoiar Daniel.
Mas André, eleitoralmente, desponta com mais densidade no Recife do que o secretário de Turismo. Candidato a mais um mandato na Câmara Federal, Daniel não emplacou a reeleição, mas teve uma votação expressiva no Recife, quase 35 mil votos, o que o coloca no debate eleitoral de 2024, principalmente se a governadora engessar Priscila.
Apoiando Daniel numa aliança com PL, ou André, se for o caso de uma chapa PL-PSDB, a governadora sedimentará um palanque à direita, com forte ingrediente bolsonarista, já que os Ferreira, notadamente Anderson, presidente estadual da legenda, se apresenta, hoje, como a liderança mais próxima ao ex-presidente Jair Bolsonaro, de quem recebeu apoio para o Governo nas eleições passadas.
Fonte – Blog do Magno
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