A governadora Raquel Lyra (PSDB) afirmou ter recebido com “surpresa” o decreto de greve dos professores do Estado , definido durante a assembleia geral promovida pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe), nesta quarta-feira (5).

Desde que a lei que reajusta em 14,95% do piso do magistério foi aprovada na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), no dia 27 de junho, a categoria, que encontrava-se em estado de greve, havia anunciado que colocaria em votação a paralisação total das atividades da rede estadual de Educação.

A deflagração da greve será no dia 25 de julho, já que a data marca o primeiro dia do retorno dos professores estaduais e demais servidores às aulas, após o recesso deste mês.

“A Rede Estadual de Ensino de Pernambuco decretou greve. Essa greve foi decretada em defesa do nosso plano de cargos e carreira, em defesa do piso salarial do magistério, da valorização e da escola pública”, disse Ivete Caetano, presidenta do Sintepe.

Durante a abertura da 23ª edição da Fenearte, realizada no Centro de Convenções de Pernambuco (Cecon-PE), a governadora Raquel Lyra foi questionada pela reportagem sobre a greve e de que forma o Governo do Estado pretende reverter a decisão dos profissionais da educação.

“Vimos com surpresa. A mesa de negociação continua aberta e vamos continuar trabalhando para conseguir chegar a um bom termo junto aos professores, assim como a todos os servidores do Estado de Pernambuco”, disse.

Raquel Lyra voltou a destacar que a lei garante 100% do piso para mais de 28 mil profissionais da educação que recebiam abaixo dessa base. O pagamento a partir deste mês de julho será retroativo.

“A gente tem o processo de negociação aberta, mas cada entidade sabe de si, toma a decisão que julga necessária. A gente continua com o diálogo aberto para garantir que a gente possa fazer disso um tema permanente no nosso Estado, com a mesa de negociação com os servidores de Pernambuco”, completou a governadora.

O sindicato reivindica que o reajuste de 14,95% seja aplicado para todos os servidores da Secretaria de Educação de Pernambuco: professores, analistas educacionais e assistentes administrativos.

Uma mesa de negociação está marcada para ser realizada em agosto e a expectativa da categoria é que a governadora Raquel Lyra possa apresentar uma proposta que gere impacto na carreira dos 52 mil profissionais que ficaram de fora da lei.
Fonte – JC

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