Suplentes de deputados estaduais e suas chances de assumir o mandato
Das últimas legislaturas, a atual já é considerada de longe a que menos favoreceu a suplentes de deputados estaduais, tudo porque a governadora Raquel Lyra (PSDB) não chamou um só deputado estadual para o seu secretariado. Aliado a isto, o prefeito do Recife, João Campos (PSB), também não incluiu no seu primeiro escalão um só nome da ALEPE. Vale lembrar que, com exceção de licença para cuidado da saúde, os deputados estaduais só podem se afastar do cargo para dar espaço ao suplente caso assumam o posto de ministro, secretário estadual ou da capital.
Por sua vez, na Legislatura que se iniciou em 2015 o então governador Paulo Câmara chamou para o seu secretariado Nilton Mota (Agricultura) e o então prefeito Geraldo Júlio colocou na sua equipe Alberto Feitosa (Saneamento), o que possibilitou que os suplentes Antônio moraes e Marcantonio Dourado Filho assumissem logo no início da Legislatura. Dois anos depois a eleição de Aglailson Júnior para a Prefeitura de Vitória, Miguel Coelho para Petrolina, Ângelo Ferreira para Sertânia e Lula Cabral para o Cabo efetivou Moraes e Marcantonio, além de Maviael e Roberta Arraes, já Isaltino Nascimento e Laura Gomes assumiram como suplentes.
Em 2019, o ambiente para suplentes também foi resumido, com Sivaldo Albino e Professor Paulo Dutra assumindo no lugar de Aluísio Lessa e Rodrigo Novaes, também do PSB, que foram chamados para o primeiro escalão de Paulo Câmara logo no início do ano. Já o suplente Marcantonio Dourado Filho, do PP, só assumiu o posto em 2021 quando o deputado Claudiano Filho foi comandar a secretaria de Desenvolvimento Agrário. Nesta Legislatura de 2019/2022 Sivaldo Albino acabou sendo eleito prefeito de Garanhuns em 2020, o que garantiu que Laura Gomes fosse para a ALEPE na condição de suplente.
Com as exceções de afastamento para assumir Ministério, Secretaria ou cuidado à saúde, as únicas outras duas formas de um suplente assumir uma cadeira são a morte do titular ou a eleição deste para o cargo conselheiro do TCE-PE, como ocorreu recentemente com Rodrigo Novaes que abriu espaço para Diogo Moraes, ou no caso de prefeito. A primeira opção já aconteceu em alguns casos na história da ALEPE, a segunda é a mais rara, no entanto a terceira é a mais comum de ocorrer e é nesta que muitos suplentes estão apostando todas as suas fichas. No PSB, por exemplo, Davi Muniz e Júnior Matuto estão de dedos cruzados para que Rodrigo Farias dispute a prefeitura de Surubim e Franz Hacker concorra em Sirinhaém; no PP um sucesso eleitoral do Pastor Cleiton Collins em Ipojuca abriria espaço para Roberta Arraes; o União Brasil tem Edson Vieira como entusiasta de uma candidatura de Cléber Chaparral em Surubim; já no Solidariedade ao menos um deputado deve encarar as urnas no próximo ano, Lula Cabral no Cabo de Santo Agostinho, no entanto existe grande expectativa em torno de Gustavo Gouveia para Carpina e Luciano Duque em Serra Talhada. No cenário mais otimista da sigla poderiam assumir Wanderson Florêncio, Delegado Rossine e Júlio Lóssio Filho.
Outros partidos que reúnem suplentes com o otimismo em alta são o Republicanos, onde Tiago Pontes tem grande possibilidade de assumir caso Mário Ricardo decida por concorrer à Prefeitura de Igarassu; e no PL Rebeca Lucena torce para que Nino de Enoque encare às urnas na cidade de Moreno. Já na federação que reúne PT/PCdoB/PV, o suplente Odacy Amorim sonha que João Paulo Costa dispute a prefeitura do Recife; na Federação PSDB/Cidadania, Lucinha Mota, primeira suplente e atual secretária de Justiça e Direitos Humanos, espera por uma vitória de Izaías Régis em Garanhuns. Por fim, na federação PSOL/Rede, Jô das Juntas aguarda por um sucesso eleitoral de Dani Portela em uma possível candidatura no Recife.
Fonte – Blog Ponto de Vista