Na disputa de 2020, PSB e PT foram ao segundo turno, cujo resultado acabou favorável a João Campos. Depois os dois partidos reaproximaram-se e caminharam juntos na disputa de 2022. Logo em seguida, o PT enfim entrou na gestão socialista ocupando duas secretarias, mas os laços entre os dois partidos ainda precisavam de ajustes.

E esses ajustes começaram a serem feitos com alguns encontros importantes entre o prefeito João Campos e lideranças do PT, a exemplo dos senadores Humberto Costa e Teresa Leitão, e do presidente Lula durante uma parada técnica no Recife. Nos bastidores, a avaliação tanto de socialistas quanto de petistas, é de que os dois partidos caminharão juntos em 2024 na busca pela reeleição de João Campos.

O formato de participação do PT na aliança com o PSB ainda não está sacramentado. Se fala em o partido indicar o vice de João Campos, mas há quem afirme que isso não é prego batido e ponta virada, e que o PT poderá apoiar João sem necessariamente indicar o vice, desde que as costuras de 2024 em outras capitais importantes levem em consideração a importância da aliança entre os dois partidos, a exemplo de Rio de Janeiro e São Paulo.

Esse entendimento no Recife é extremamente relevante porque no primeiro turno de 2020, as candidaturas do PT e do PSB tiveram quase 60% dos votos válidos, ou seja, basicamente o que Lula teve no segundo turno na capital pernambucana. A unificação do campo de esquerda em torno de João Campos fundamenta a tese de vitória em primeiro turno, pois o prefeito iria para a disputa com uma ampla frente política em torno do seu projeto.
Fonte – Blog Edmar Lyra

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