Bandeira branca
A então candidata ao governo de Pernambuco, Raquel Lyra, tinha apenas um deputado estadual de mandato apoiando o seu projeto, era Álvaro Porto, uma vez que a outra deputada, Priscila Krause, foi candidata a vice em sua chapa. Álvaro cumpriu papel importante na construção da candidatura de Raquel, vide a própria convenção do PSDB que contou com o empenho do hoje presidente da Alepe para não ser esvaziada.
Por ter um perfil mais duro, Álvaro Porto não era o preferido de Raquel Lyra para ser presidente da Alepe, seu escolhido era Antônio Moraes, que não se viabilizou. Desde então a relação entre a governadora e o presidente da Alepe não é das melhores. Onde muita gente tenta jogar ainda mais lenha na fogueira para desgastar a relação de ambos.
Nenhum dos dois é dono da razão, quando há divergência de ordem política, geralmente os dois lados possuem argumentos plausíveis para o não entendimento. Mas é preciso reconhecer que Álvaro Porto e Raquel Lyra possuem funções estratégicas para Pernambuco, e o diálogo entre ambos é vital para o desenvolvimento de políticas públicas de interesse dos pernambucanos.
Áulicos chegam para a governadora e dizem que Álvaro quer sabotá-la, do outro lado do rio, o presidente da Alepe só recebe em seu gabinete conselhos para prejudicar o governo. Mas tem declinado deste tipo de expediente porque entende que não pode ser irresponsável com o futuro de Pernambuco. Não obstante que a maior parte das pautas de interesse do executivo foram aprovadas pelo legislativo.
Então pelo bem de Pernambuco, pelo futuro do governo Raquel Lyra e pela relação harmônica entre os poderes, é fundamental que Álvaro e Raquel procurem se entender. Não precisa que eles sejam amigos, nem voltem a ser aliados, mas o mínimo de cordialidade é determinante para que a picuinha política não caminhe para uma crise institucional, portanto a bandeira branca é necessária, cabendo saber agora quem será o primeiro a estendê-la pelo bem do estado.
Fonte – Edmar Lyra