Deputada Clarissa Tércio e Pastor Júnior Tércio colocam corpo jurídico à disposição de alunos perseguidos por “Intervalo Bíblico” nas escolas de PE
A deputada federal Clarissa Tércio (PP-PE) e o deputado estadual Pastor Júnior Tércio (PP-PE) realizaram nesta segunda-feira (21) uma transmissão ao vivo nas redes sociais com cinco alunos da rede estadual de ensino para discutir o “Intervalo Bíblico”.
A prática, promovida por alunos cristãos durante o intervalo escolar, gerou incômodo no Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe), que acionou o Ministério Público e a Secretaria de Educação para investigar a iniciativa dos estudantes.
Na transmissão, Jackson, um dos alunos, compartilhou sua experiência ao iniciar o intervalo bíblico na escola em que estuda. Segundo o estudante, ele e seus colegas enfrentaram resistência, inclusive de professores, ao promoverem o encontro religioso. Outros alunos também relataram casos de perseguição.
Na transmissão, a deputada criticou a perseguição sofrida pelos estudantes. “Os jovens de Pernambuco estão sendo perseguidos e denunciados por exercerem a sua fé, que é um direito constitucional. Por isso, decidimos colocar todo o nosso corpo jurídico à disposição dos estudantes para impedir essa violação de um direito tão básico”, apontou a parlamentar.
Já o deputado Pastor Júnior Tércio protocolou um projeto de lei para regulamentar o direito ao culto nas escolas e um voto de repúdio ao Sintepe por tentar impedir a prática.
“A escola é um lugar para as pessoas estudarem e também expressarem suas convicções religiosas. Cada aluno tem a sua religião e é um direito que está na Constituição”, argumentou.
Durante a transmissão, o estudante Lucas, de 15 anos, aconselhou estudantes que desejam implantar o Intervalo Bíblico em suas escolas. “Sempre façam de maneira ordeira e sábia, converse com a direção da sua escola, e explique que você tem direito na Constituição de prestar culto a Deus em qualquer ambiente”.
A audiência sobre o tema está marcada para o dia 23 de outubro no Ministério Público, e os deputados se colocaram à disposição para ajudar estudantes que enfrentam dificuldades em exercer a sua fé.