Delegada quer continuar de pernas para o ar
Em ação movida no Juizado Especial da Fazenda Pública da Capital, a pré-candidata à prefeita do Recife pelo Podemos, Patrícia Domingos, recorreu à Justiça, em caráter urgente, o direito de permanecer sem trabalhar como delegada, mesmo depois de seis meses de licença e férias. Requer que o Governo a afaste da função policial durante a pandemia do coronavírus.
Pede também a aplicação de pena com multa diária ao Estado de R$ 1.000,00 por descumprimento. Em meio à grave crise do Covid-19, ela alega sofrer de hipertensão arterial, e pleiteia realizar suas funções por teletrabalho. O pedido da prefeiturável foi protocolado no último dia 27, três dias antes do do término de suas prolongadas férias.
Na ação judicial, o advogado de Patrícia Domingos anexa atestado médico alegando que ela sofre de hipertensão arterial e, por isso, deve ser colocada em regime de teletrabalho. O documento afirma que, no dia 25 de março, a delegada enviou “à Unidade de Saúde do Departamento de Recursos Humanos da Polícia Civil o atestado médico confirmando a sua doença” e consequentemente o pedido para realização do teletrabalho.
Contudo, a minuta não informa sequer se houve resposta da Polícia Civil à requisição da pré-candidata a prefeita. A defesa de Patrícia Domingos cita portaria 92/2020, da Polícia Civil, “que institui rotina de trabalho no exercício das funções policiais e administrativas no âmbito da polícia civil, em razão do risco de contágio pelo Covid-19″, por conta da decretação de pandemia pela OMS.
O documento aponta o artigo 1º da portaria, que “estabeleceu temporariamente o regime especial de trabalho remoto, fora das unidades da polícia civil, mediante execução de tarefas através do uso de sistema eletrônico de informações (SEI)”.
Em meio ao pedido de realização de teletrabalho, chama atenção o fato de Patrícia Domingos estar afastada das funções de delegada-adjunta desde o dia 1º de setembro de 2019. Contudo, mesmo sem trabalhar, vem recebendo normalmente seu salário e gratificações.
Nos últimos sete meses, a delegada embolsou mais de R$ 150 mil sem dar um dia de expediente na 5ª Delegacia de Homicídios da Capital. Pelo jeito, quer continuar sem dar o suor do seu rosto à causa pública para cuidar apenas da pré-candidatura à prefeita. O ócio, para ela, é um bem necessário, mas a custo caro para quem paga os impostos de onde seu salário é extraído.
Fonte – Blog do Magno