A deputada federal Marília Arraes, que tem apoiado as ações de combate ao coronavirus, foi a única, dentre os parlamentares pernambucanos, a solicitar, em ofícios enviados no dia 14 de maio, um maior acompanhamento por parte dos órgãos de controle dos gastos realizados pelo Governo do Estado e Prefeitura do Recife no combate ao COVID-19. Ao Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE), Ministério Público de Contas (MPCO-PE) e Ministério Público Federal (MPF), Marília alertou haver falta de transparência no acesso às informações.

Já no dia 15 de maio, há pouco menos de uma semana, Marília também encaminhou ofício à Secretaria de Saúde do Recife pedindo informações detalhadas sobre os recursos da União, do Governo do Estado, e também próprios, aplicados pela Prefeitura do Recife no combate ao COVID-19.

Em resposta preliminar, a Secretária de Saúde do Recife disse estar organizando as informações para enviar a Marília nos próximos dias.

Marília diz que tomou essa iniciativa em função dos alarmantes valores de contratos de aquisição de serviços ou produtos sem licitação por parte da prefeitura do Recife , que só lança no “Portal da transparência” dados genéticos e globais. As Informações públicas indicam que o montante chega aos R$ 670,2 milhões, valor 42% ao que foi gasto pela cidade de São Paulo, que tem população oito vezes maior que o Recife, mas é importante analisar os investimentos totais na saúde e não apenas os associados à COVID 19 só assim entenderemos o tamanho do problema.

Em relação ao Governo do Estado, Marília também chama a atenção dos órgãos de controle para a total falta de transparência de informações disponíveis e também destaca que é preciso combater o uso político de distribuição dos recursos. Um exemplo claro é o fato de Jaboatão dos Guararapes, segundo maior município do Estado e de oposição ao governador Paulo Câmara, só ter recebido R$ 16 mil do Estado. O tema é delicado e tem que ser tratado com seriedade, sem sensacionalismo.

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