Momento pede união da classe política pernambucana
Com 184 prefeitos, 49 deputados estaduais, 25 deputados federais, três senadores e um governador, Pernambuco vivencia um dos momentos mais difíceis de sua história, com quase 4 mil pernambucanos que perderam sua vida e cerca de 45 mil contaminados pela Covid-19. Isso sem contar com aqueles que perderam seus empregos e os empresários que foram à falência por conta das consequências da pandemia.
Político experiente, que já exerceu diversas funções na vida pública, o senador Fernando Bezerra Coelho tem adotado um tom de conciliação em relação ao governador Paulo Câmara e o prefeito Geraldo Julio, de quem já foi aliado e hoje é adversário. A postura republicana do senador foi interpretada como um adesismo à Frente Popular, reduzindo a atuação como representante de Pernambuco na Câmara Alta a uma mera adesão política, como se adversários não pudessem se entender num momento de extrema dificuldade que o povo pernambucano tem enfrentado.
Antes de se pensar em eleição e projetos políticos, é preciso invocar a memória de Marco Maciel, cuja frase foi imortalizada: “Devemos buscar sempre, entre o que nos separa, aquilo que pode nos unir, porque, se queremos viver juntos na divergência, que é um princípio vital da democracia, estamos condenados a nos entender.”
O momento é atípico, requer unidade dos pernambucanos em busca da vitória contra a pandemia. Qualquer um que estivesse no lugar de Paulo Câmara, de Geraldo Julio e dos demais prefeitos, estaria tendo que tomar decisões difíceis e certamente não gostaria de receber as duras críticas que têm recebido dos engenheiros de obra feita. Por isso é louvável a postura grandiosa de Fernando Bezerra Coelho, de estender a mão quando Pernambuco mais precisa.
Fonte – Edmar Lyra