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Vereadores de Lagoa dos Gatos denunciam fraudes e corrupção na gestão municipal

Vereadores do município de Lagoa dos Gatos, no Agreste Central, estão denunciando uma série de irregularidades e crimes cometidos pela gestão do prefeito Edmilson Morais Pereira, conhecido como Misso do Amparo (PDT). Em representação protocolada na Procuradoria Geral do Ministério Público de Contas e na Procuradoria Geral de Justiça eles apontam, com farta documentação, fraudes em licitações, improbidade administrativa, peculato e corrupção ativa e passiva. Também listam uma série de funcionários que ocupam cargos comissionados que, segundo informam, recebem sem trabalhar. Apontam ainda “permuta” de servidores entre prefeituras sem que eles exerçam as funções para as quais foram nomeados.

A denúncia é assinada pelos vereadores Antônio Carlos Badaró da Silva (PDT), José Firmino da Silva Filho (PSB), José Sebastião da Silva (PSB) e Sidrailson Batista da Silva (PSB). De acordo com a representação, o prefeito comandou licitações fraudulentas para a locação de veículos e compra de barracas. Na primeira, os denunciantes apontam que, mesmo aberta para contratar diversos lotes e dispondo de sete concorrentes, apenas uma empresa foi habilitada, ficando com 100% do serviço. Trata-se da Ponto Locação e Construção Eirelli, que, de acordo com a representação, foi beneficiada por um esquema em que empresas participam da licitação apenas para garantir a aparente legalidade da concorrência, sabendo, de antemão, quem sairá vencedor.

Os vereadores também destacam que a Ponto Locações não oferece o serviço para o qual foi contratada. E acrescentam que a execução do serviço é feita por aliados do prefeito, recebendo bem acima do valor real. Afirmam ainda que o esquema evidencia apropriação de dinheiro público e inexecução do contrato.

Esquema similar os vereadores apontam na licitação para contratação de empresa adquirente de barracas para Secretaria de Agricultura do município. Desta vez apenas duas empresas participaram mas, conforme os denunciantes, ambas fazem parte do esquema em que a perdedora, Gilmar Antônio da Silva M.E., fornece o serviço que deveria ser fornecido pela vencedora, F. L. Martins de Souza Distribuidora.

Os vereadores afirmam que a vencedora é uma empresa laranja e que houve direcionamento. Citam também que as barracas foram armazenadas em garagem de propriedade do prefeito, “fato que vem comprovar a intimidade dele no presente caso”, diz a denúncia (com mídia audiovisual anexada). “O fato é que as barracas foram adquiridas pelo valor de R$ 78.000,00 (setenta e oito mil reais) em contrato ilícito e sem prestação dos serviço pela empresa contratada”, prossegue.

Os vereadores denunciaram também um suposto esquema de corrupção em que o prefeito levaria vantagens e comissões em contratos públicos. Para comprovar a denúncia, apresentaram áudio de uma suposta conversa do vereador Edvanilson Monteiro (Pros), líder da bancada governista na Câmara Municipal, com Misso do Amparo. Na conversa, o vereador lista as propinas recebidas pelo prefeito.

Os denúncias apresentaram ainda um segundo áudio em que um açougueiro de nome Rogério Galdino afirma que a carne bovina e o mocotó que fornece para “festas” e “farras” na chácara e para a casa do prefeito são pagos com salário que recebe da Prefeitura Municipal.

Fantasmas – Os vereadores afirmam que a Prefeitura tem servidores contratados que não aparecem para trabalhar. Dentre eles está o primeiro-suplente de vereador João Antônio da Silva, que recebe salário de R$ 5.141.05 para, segundo a denúncia, ficar em casa.

Os denunciantes informam também que o Executivo Municipal oferece cargos comissionados para pessoas que ocupam cargos públicos em outras cidades e que não aparecem em Lagoa dos Gatos. Ou seja, recebem sem dar expediente. Os vereadores divulgaram, inclusive, uma relação dos funcionários fantasmas e seus salários. Segundo a lista, há servidores com cargos em Cupira e Agrestina, entre outros municípios.

As representações estão nas mãos do Ministério Público de Pernambuco e do Tribunal de Contas do Estado.
Fonte – Fala PE

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