Oposição aposta em fila de suplência. Mendonça vê “insulto”
Na radiografia das hipóteses de candidaturas possíveis à Prefeitura do Recife que vem sendo feita no grupo da Oposição, um ingrediente não tem passado batido: caso o deputado federal Daniel Coelho seja eleito prefeito da Capital, o primeiro suplente da coligação é o ex-prefeito Zeca Cavalcanti, que, no entanto, tem o nome no páreo da disputa pela Prefeitura de Arcoverde. “Zeca é franco favorito e deve ser eleito”, considera, à coluna, uma fonte que tem acompanhado as movimentações na ala oposicionista. O detalhe nessa conta é o seguinte: Caso Zeca Cavalcanti e Daniel Coelho sejam eleitos, quem assume uma cadeira na Câmara Federal é o herdeiro do ex-governador Mendonça Filho, Vinícius Mendonça, que concorreu em 2018 e segue atrás de Zeca Cavalcanti na fila da suplência da coligação. Esse componente, aos olhos de alguns integrantes da Oposição, pode vir a ajudar na construção da unidade. Diante do zum-zum-zum, Mendonça Filho, à coluna, reage: “Isso me agride. Isso para mim é um insulto. Eu não negocio pré-candidatura em troca de ida do meu filho ao Congresso”. Mendonça realça: “Ele foi com toda garra, desempenhou muito bem, mas isso não está em jogo”. O ex-governador é ainda mais enfático: “Minha decisão não está subordinada à possível ida de Vinicius Mendonça para Câmara Federal. Até porque isso dependeria de duas eleições (Zeca Cavalcanti e Daniel Coelho)”. Na análise do democrata, o que pode pesar na decisão do conjunto é o potencial de cada um de agregar apoios partidários. À coluna, o presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, já declarou que apoia Mendonça, quando também afirmou que o ex-senador Armando Monteiro Neto segue essa tendência. O PSC e o PL teriam estreitado conversas com Daniel Coelho. Originalmente, a ideia era unir o grupo em torno de uma candidatura única, mas o Podemos já sacramentou a delegada Patrícia Domingos no páreo, restando, agora, à outra ala tomar uma decisão política.
Fonte – Blog Folha PE