Bolsonaro fica em silêncio sobre novos cheques de Queiroz na conta da primeira dama
A cúpula do governo corre no Palácio do Planalto para blindar o presidente Jair Bolsonaro do mais novo capítulo da crise envolvendo o policial militar aposentado Fabrício Queiroz, amigo do presidente há mais de 30 anos e ex-assessor de um de seus filhos, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ).
Há uma certeza entre os assessores do presidente de que desde que o caso Queiroz veio à tona agora a estratégia de defesa tem aplicação mais difícil, já que envolve a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, que vive com o presidente no Palácio da Alvorada.
Durante toda esta sexta-feira, 7, a cúpula palaciana discutiu a reportagem da revista Crusoé que mostrou que a quebra do sigilo bancário de Queiroz revela novos depósitos os do amigo do presidente na conta bancária da primeira daama Michelle.
Os fatos revelados pela revista mostram que os extratos contrariam a versão apresentada até aqui pelo presidente Bolsonaro. Assessores querem Bolsonaro em absoluto silêncio sobre o caso
Entre as transações de Queiroz, até o momento se sabia que haveria repasses que somavam R$ 24 mil para a mulher do presidente.
Em entrevistas após a divulgação do caso, Bolsonaro disse que o ex-assessor repassou a Michelle dez cheques de R$ 4.000 para quitar uma dívida de R$ 40 mil que tinha com ele (essa dívida não foi declarada no Imposto de Renda). Também afirmou que os recursos foram para a conta de sua mulher porque ele “não tem tempo de sair”.
Mas, segundo a revista, os cheques de Queiroz que caíram na conta de Michelle somam R$ 72 mil, e não os R$ 24 mil até então revelados nem os R$ 40 mil ditos pelo presidente. Pelo menos 21 cheques foram depositados por Queiroz na conta de Michelle de 2011 a 2018.
Segundo o Ministério Público do Rio, Queiroz é o operador de um esquema de “rachadinhas” no antigo gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio. Os possíveis crimes apontados pelo MP-RJ a Flávio e Queiroz são peculato, lavagem de dinheiro, ocultação de patrimônio e organização criminosa.
Fonte – É Assim