Clarissa Tércio tenta impedir aborto, no Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (CISAM)
A deputada Clarissa Tércio passou a tarde de hoje, dia 16 de agosto, no Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam-UPE), na Encruzilhada para tentar impedir que menina de apenas dez anos, grávida, vítima de estupro, no Espírito Santo, interrompesse a gravidez, na unidade de saúde, localizada, no Recife depois do procedimento ter sido negado pelos médicos, no hospital em que ela foi atendida, no Espírito Santo, mesmo diante de permissão via despacho judicial, publicado na última sexta-feira (14), pelo juiz da Vara da Infância e da Juventude da cidade de São Mateus/ES.
Em conversa com o médico obstetra e diretor do Cisam, Olímpio Moraes, a deputada se certificou da informação de que a equipe médica do hospital estava aguardando a menina de dez anos para realizar o procedimento.
Houve muito tumulto no local e quando questionado se Recife era a capital do aborto, o médico responsável afirmou que sim, completando que a dos Direitos Humanos também.
A parlamentar se posicionou totalmente contra o procedimento por se tratar de vidas. “Não podemos admitir que essa menina interrompa a gravidez. Precisamos lutar por essas duas vidas! A informação que temos é que ela está com 23 semanas de gestação. O bebê já está formado. Considero um atentado à vida! A menina sair do Espírito Santo para interromper a gravidez em Pernambuco. É um absurdo! Não podemos permitir “, ressaltou Clarissa.
A deputada Clarissa Tércio ingressou com um pedido de tutela de urgência com o objetivo de obrigar o CISAM a se abster do procedimento da interrupção da gravidez. Clarissa Tércio integra as Comissões de Saúde e Assistência Social e a de Direitos Humanos da Alepe.
Além da deputada Clarissa Tércio, também estavam no local, Vítor Borba, representando o Instituto Pro-Vida, além de um grupo de religiosos da Arquidiocese de Olinda e Recife. Eles se reuniram de mãos dadas e fizeram uma oração em favor da vida e como forma de protesto para a não realização do procedimento.
Pernambuco
Em nota, a Secretaria de Saúde de Pernambuco (SES) informou que segue a legislação vigente em relação à interrupção da gravidez (quando não há outro meio de salvar a vida da mulher, quando é resultado de estupro e nos diagnósticos de anencefalia), além dos protocolos do Ministério da Saúde (MS) para a realização do procedimento, oferecendo à vítima assistência emergencial, integral e multidisciplinar.
“Em relação ao caso citado, é importante ressaltar, ainda, que há autorização judicial do Espírito Santo ratificando a interrupção da gestação. É importante reforçar, também, que o Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam-UPE) é referência estadual nesse tipo de procedimento e de acolhimento às vítimas. Por fim, ratifica-se que todos os parâmetros legais estão sendo rigidamente seguidos”, diz o comunicado.
Entenda
O caso aconteceu na cidade de São Mateus, no Norte do Espírito Santo, a 215 quilômetros de Vitória, capital do Estado. A Justiça Capixaba autorizou o procedimento na última sexta-feira (14/8) e a criança foi transferida para realizá-lo no Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam), no Recife.
A jovem teve o atendimento negado na unidade de referência do Estado onde reside, apesar de a legislação prever a interrupção da gravidez em caso de violência sexual, e, por esse motivo, precisou vir a Pernambuco para realizar a interrupção da gravidez.
Fonte – Portal de Prefeitura