A característica combo da eleição no Recife
Com vinte anos de hegemonia da esquerda na capital pernambucana e caminhando para dezesseis anos de hegemonia socialista em Pernambuco, a eleição de prefeito do Recife ganha um caráter extremamente decisivo para os dois grupos que rivalizam no estado, o do PSB e o da oposição composta por PL, PSDB, Democratas, Cidadania e outros partidos menores.
O resultado deste ano terá papel determinante para o quadro político e eleitoral que se desenhará para 2022 quando Paulo Câmara encerrará seu mandato no Palácio do Campo das Princesas e naturalmente o PSB tentará manter sua hegemonia por duas décadas em Pernambuco.
Uma vitória do governo na coligação liderada pelo deputado federal João Campos e apoiada por Geraldo Julio e Paulo Câmara encaminhará de forma significativa o nome de Geraldo Julio para suceder Paulo Câmara em 2022. Tal resultado inexoravelmente fragilizará a oposição que tenderá a perder quadros para o governo com vistas a 2022.
Já na hipótese de uma vitória oposicionista, apesar de seguir no comando do estado, o PSB chegará bastante fragilizado em 2022 devido ao clima de mudança que tomará conta do estado a partir da capital. Portanto, é fundamental que o PSB e a oposição se preparem bem para o jogo, uma vez que a disputa pela PCR se tornou uma questão de vida ou morte para os dois grupos.
Fonte – Edmar Lyra