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Alepe avança na discussão sobre presidência da Casa, mas cargo que cuida das finanças é o mais cobiçado

 A eleição da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) ocorrerá apenas no dia 1º de fevereiro de 2023, mas as discussões já estão em andamento na busca por consensos, principalmente sobre quem poderá ocupar a presidência da Casa. Até o momento dois nomes estão sendo cotados: o deputado Álvaro Porto (PSDB) e o deputado Antonio Moraes (PP).

Diante do cenário ainda muito incerto sobre a composição do novo governo eleito de Raquel Lyra (PSDB), que quebrou a hegemonia de 16 anos de gestão do PSB, os próprios parlamentares afirmam que uma decisão tomada agora, pode ser revertida em poucos dias.

No entanto, o entendimento observado nos discursos de alguns deputados estaduais que falam publicamente sobre o tema, mas sem dar detalhes, é de que as discussões sobre os cargos devem se dar independentemente de quem compor o bloco governista ou de oposição.

Nos bastidores, a informação é de que Antonio Moraes tenta buscar uma unidade, mas tem esbarrado no fato de que para um grupo de parlamentares não seria interessante ter o PP novamente na presidência da Casa Joaquim Nabuco. Por outro lado, Álvaro Porto já teria conseguido firmar o apoio de 35 dos 49 deputados que compõem o legislativo pernambucano.

Estariam constando nesse bloco parlamentares do PT, PV, PCdoB (federação), PSDB, Solidariedade, PSB, PL, Patriota e até mesmo do PP – segunda maior bancada, com 8 deputados estaduais eleitos, três deles já teriam fechado apoio à Porto.

A princípio o grupo defendeu uma pauta propositiva para o poder legislativo, que possa estar mais próxima da população. Outra questão que tem sido defendida é que o candidato a presidente da Alepe, mesmo que possua alinhamento direto com o novo governo, a exemplo de Álvaro Porto, deve buscar uma atuação de autonomia na construção da relação entre o Executivo e o Legislativo.

“Não queremos atrapalhar o governo de Raquel Lyra, mas queremos discutir o fortalecimento da Alepe e que ela seja mais independente. Nós vimos essa relação de subserviência nas gestões dos governadores Paulo Câmara e Eduardo Campos. O que vejo nesse debate não é a busca pela independência do governo, mas uma postura mais autônoma para ajudar na construção desse novo governo”, avalia o deputado estadual eleito Renato Antunes (PL).

O Partido Liberal elegeu cinco deputados estaduais e, pelo critério da proporcionalidade, vão buscar por espaços importantes na composição da Mesa Diretora. 

Fonte. JC

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