Conhecido na política pela postura firme em defender as suas convicções e aluno aplicado da escola macielista que tem o respeito, ética e grande espírito público entre as suas bandeiras, André de Paula, presidente estadual do PSD e ministro da Pesca e Aquicultura, antes unanimidade na política, agora passou a ser alvo de críticas após decidir pela aliança com a governadora Raquel Lyra (PSDB). A parceria política entre André e Raquel não tem sido questionada do ponto de vista ideológico, uma vez que ambos possuem um perfil congruente, mas sim pela forma como se deu essa união.

Aliado do prefeito do Recife João Campos (PSB) até o início da última semana, onde participava da gestão tendo a sua filha Cacau de Paula como secretária municipal de Turismo, André de Paula abriu diálogo com a governadora e emplacou a mesma filha na Secretaria Estadual de Cultura. O caminho percorrido por André não foi os 1.500 metros que passam pela ponte Buarque de Macedo e separam o Palácio do Capibaribe, sede da Prefeitura do Recife, e Palácio do Campo das Princesas, sede do Governo do Estado, mas o do puro pragmatismo político. Dias antes de anunciar oficialmente a sua adesão à base de Raquel o presidente do PSD já havia antecipado em entrevista a este blog como se daria seu comportamento em relação ao próximos passos na política. “Eu vou estar no caminho que mais fortaleça o partido”.

Ao se render ao pragmatismo político André de Paula não decide ir por um caminho incomum, já que o pragmatismo é quase unanimidade na classe política, no entanto esta nova postura expõe a opção por uma mudança radical e vai de encontro ao que sempre defendeu ao longo da sua trajetória política. A sobrevivência política falou mais alto.
Fonte – Blog Ponto de Vista

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