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Ataques deixaram Marília Arraes na defensiva

Assim como no primeiro turno, o guia eleitoral teve papel fundamental neste segundo turno. Se na primeira etapa os ataques de Mendonça Filho na Delegada Patrícia fizeram o democrata garantir o terceiro lugar e por muito pouco não chegou ao segundo turno, na segunda etapa, a campanha João Campos conseguiu deixar Marília Arraes na defensiva e evitou que ela pudesse sacramentar a vitória antes do tempo.

Com um contingente de classe média significativo que deu à direita uma expressiva votação, estava latente que o PT e os demais elementos de esquerda poderiam ser um fator de fragilidade para o crescimento de Marília Arraes na reta final. Marília precisava caminhar para o centro no intuito de convencer os indecisos, mas enfatizou a cor vermelha do PT, explorou Lula no guia eleitoral e remeteu ao eleitor de classe média uma preocupação com uma eventual volta do Partido dos Trabalhadores ao comando da capital pernambucana.

Há uma grande preocupação na classe média com o PT, com Lula, Dilma Rousseff e João da Costa, todos de memória não muito agradável para esta parcela do eleitorado, que apesar de não ter muita simpatia pelo PSB, vislumbra no partido uma espécie de mal menor. Faltando apenas dois dias para a eleição, este temor da classe média poderá ser determinante para frear um crescimento mais robusto de Marília Arraes rumo ao comando da PCR, e por tabela ajudar João Campos no sentimento de eleger o que ela acredita ser o menos ruim para a cidade.
Fonte – Edmar Lyra

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