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Célia bate fofo em Arcoverde

A população de Arcoverde ficou extremamente frustrada na última sexta-feira com a presidente da Câmara, Célia Galindo (PSB), que não cumpriu a palavra empenhada em entrevista ao Frente a Frente e a este blog, de que instalaria naquele dia a CPI que apura irregularidades em um programa social na gestão da prefeita Madalena Brito (PSB). Ouvida, disse que não contou com a compreensão dos vereadores que indicou inicialmente seguindo o preceito da saudável proporcionalidade.

São três parlamentares, cabendo a presidência ao maior partido da Casa. “O poder de indicação e escolha é meu, os que convidei, estranhamente, não aceitaram”, justificou Galindo, adiantando ter esperanças de que hoje, prazo final da instalação da CPI, possa contar com a colaboração dos vereadores. Autora da proposta, Zirleide Monteiro, da bancada do PTB, está desconfiada de que a promessa não possa ser cumprida, até porque ao longo do fim de semana Galindo sumiu e não atender sequer ao telefone dos seus pares no parlamento.

“Ela não tem motivos para não instalar. A CPI foi aprovada por maioria absoluta. Estamos diante de um caso muito nebuloso, que, sem explicações, foi abandonado pelo Ministério Público”, disse Zirleide. Segundo a denúncia dela, desde 2016 um esquema de desvio de recursos vinha sendo praticado no âmbito da Secretaria envolvendo inclusive recursos do BPC (Benefício de Prestação Continuada), nomes de pessoas utilizadas como laranjas para receber recursos através de empenhos.

Em somente um caso citado no pedido de CPI, um senhor, agricultor, recebeu em sua conta bancária transferências que somam quase R$ 20 mil, além de ter recebido pagamento por ministrar cursos para a secretaria, quando mal sabe escrever. Segundo foi apurado, a conta teria sido aberta a pedido da senhora ‘Raquel Franklin Brito Alencar’, diretora de Tesouraria da Secretaria de Assistência Social.

O escândalo foi denunciado ainda em 2019 e foi pedido ao Ministério Público de Pernambuco, em Arcoverde, à época, que investigasse o caso, mas, passado mais de um ano, não se tem notícia nem mesmo do número de inquérito que teria sido aberto no MP.

“Não podemos deixar de instalar essa CPI. A população de Arcoverde precisa saber o que realmente aconteceu naquela Secretaria aonde o que mais faltou foi transparência e honestidade. A criação da Comissão Parlamentar de Inquérito se faz urgente e necessária, sob pena de vermos milhares de reais, de recursos púbicos, terem escorrido pelos ralos sem nenhuma punição”, afirmou Zirleide.

Fonte – Blog do Magno

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