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Chefe da Defesa Civil do Recife é réu na Justiça Federal por desvio de verbas para cidades atingidas por cheia há mais de 12 anos

Com 127 mortes até esta quinta (2), a tragédia das chuvas trouxe a necessidade de repasse emergencial de verbas. O Ministério Público Federal (MPF) em Pernambuco pediu informações aos governos federal e estadual para rastrear os recursos que estão para chegar. Assim, espera evitar desvios como o que ocorreu após as enchentes de 2010, caso investigado pela Operação Torrentes.

Desde 2017, o (MPF) e a Polícia Federal (PF) investigam policiais militares, empresários e bombeiros, como o atual secretário-executivo de Defesa Civil do Recife, o coronel Cássio Sinomar Santana, que é réu na Justiça Federal. Mesmo denunciado, ele comanda as ações em 2022, em áreas de risco de enxurradas e deslizamentos na capital.

A partir de informações do MPF e da Justiça Federal em Pernambuco, o g1 resgatou os principais passos da operação, que começou com 15 prisões e sequestro de bens.

Desde então, foram 12 etapas de denúncias envolvendo ao menos 40 pessoas. Houve, ainda, condenações de policiais militares se empresários pela Justiça Federal. Os prejuízos aos cofres públicos são estimados em cerca de R$ 30 milhões.

Em 2010, Cassio Sinomar era coordenador da Defesa Civil do estado e atuava na Casa Militar. Ficou no cargo de 2011 até setembro de 2014. Em seguida, virou secretário executivo da Defesa Civil do Recife, cargo que ocupa até hoje.

Segundo a Justiça Federal, o coronel Cássio Sinomar foi alvo de duas etapas de denúncias, oferecidas em 2019.

A JFPE informou que as duas ações penais seguem em andamento, na fase de produção de provas periciais, e ainda não houve condenação.

Ainda segundo a JFPE, em uma das ações penais, o MPF pediu a reparação solidária de danos aos cofres públicos de R$ 259.885,95, atualizado até 25 de maio de 2019.

Na outra ação, foi exigido o ressarcimento solidário de R$ 1.912.462,18, corrigido até 15 de abril do mesmo ano.

Procurada pelo g1, a Prefeitura do Recife disse que a carreira pública de 25 anos do secretário executivo de Defesa Civil Cássio Sinomar “é pautada pelo compromisso com a população e amparada pela seriedade em sua atuação ética”.

Ainda segundo a administração municipal, “a devida apuração dos fatos concluirá, respeitado o direito de ampla defesa, que seus atos foram praticados de acordo com a lei”.

Fonte – G1

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