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Critério de Raquel é atender deputados e não partidos

Ao dar o start das nomeações políticas para o segundo escalão, a governadora Raquel Lyra (PSDB) começou pelo PP, partido que tem a segunda maior bancada na Assembleia Legislativa. Contemplou, individualmente, os deputados Antônio Morais, mantendo Ary Morais, filho do parlamentar, no Instituto de Pesos e Medidas, o Ipem.

Também, individualmente, atendeu ao deputado Henrique Filho (PP), renomeando seu pai, o ex-deputado Henrique Queiroz, na presidência do Iterpe, o Instituto de Terras de Pernambuco. O próximo partido a ser contemplado será o União Brasil. Presidente nacional da legenda, o deputado federal Luciano Bivar volta a controlar o Porto do Recife.

Deve ser nomeado José Lindoso, que já dirigiu o Porto, hoje tocado por Tito Lívio, sobrinho do deputado Antônio Morais, que espera uma compensação pela perda. Mas o que se diz nos bastidores é que Morais terá que se contentar com o Ipem, o que, estruturalmente, não tem a importância do Porto.

Os deputados estão sendo chamados um a um ao gabinete da tucana, porque ela já deixou claro que não atenderá os partidos com representação na Alepe pelas suas lideranças, mas de forma individual. Botaram na cabeça dela que isso deixará os deputados reféns dela, em termos de espaço político, e não do cacique partidário.

Se for assim, poucos deputados terão um quinhão para cuidar no Governo Raquel, porque os principais órgãos do segundo escalão e todos do primeiro escalão já estão preenchidos. É possível que a saída seja pela entrega das gerências regionais de Saúde e Educação, estruturas que acabam dando mais poder de fogo aos deputados em suas bases do que mesmo um órgão de segundo escalão sem expressão.

A governadora tem, ainda, os hospitais regionais. Em Garanhuns, o primeiro que definiu, a escolha da diretora, uma enfermeira importada de Caruaru, terra da tucana, não agradou ao seu líder na Assembleia, deputado Izaías Régis, que esperava ter sido ouvido na discussão do nome para a direção da unidade hospitalar.

Há, também, na base governista, uma briga surda pelo controle do Prorural, dentro da estrutura da Secretaria de Agricultura. Uma fonte informou que a governadora escolheu o secretário Aluisio Ferraz, meramente por critério técnico, mas não deu carta branca para escolher os dirigentes dos principais órgãos da pasta, nem tampouco os diretores que tocam a Secretaria no dia a dia. “Nem o responsável pelo programa de leite está nomeado”, disse um parlamentar. 

Fonte – Folha PE

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