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Denúncia de Priscila Krause contra Geraldo Julio no TCU é sorteada para Ana Arraes

Uma denúncia da deputada estadual Priscila Krause (DEM), sobre dispensas emergenciais de licitação da Secretaria de Saúde do Recife, teve como relatora sorteada no Tribunal de Contas da União (TCU) a ministra Ana Arraes, vice-presidente da Corte.

O processo 028.029/2020-8 já foi instaurado no TCU, a pedido da deputada estadual Priscila Krause (DEM), através do Ofício GDPK 051/2020.

O objeto é do processo, segundo o site do TCU, é a “legalidade e tomada de medidas cabíveis, de forma emergencial, a respeito de aquisição de 33,5 milhões unidades de luvas de procedimento descartáveis pela Secretaria de Saúde do Recife via dispensas de licitação. Indícios de superdimensionamento, superfaturamento e outras irregularidades administrativas em compras emergenciais da Secretaria de Saúde do Recife (Covid-19) – Dispensas de licitação 28, 74, 78, 83, 95, 101 e 102, todas do ano de 2020”. São as mesmas dispensas investigadas pela Polícia Federal, na Operação Antídoto.

De acordo com técnicos, Ana Arraes foi sorteada relatora em 10 de agosto, mas o processo ainda está na unidade técnica do TCU, não tendo sido encaminhado ao gabinete da ministra.

Anteriormente, Ana Arraes, vice-presidente do TCU, já tinha sido sorteada relatora da compra de 500 respiradores com a empresa Juvanete Barreto Freire, também objeto da Operação Apneia, da Polícia Federal. A denúncia inicial sobre os 500 respiradores foi do Ministério Público de Contas de Pernambuco (MPCO).

Na ocasião, a ministra explicou que se declara impedida em todos os processos oriundos de Pernambuco, onde já teve atuação política como deputada federal pelo PSB.

Mãe do ex-governador Eduardo Campos e avó do deputado federal João Campos (PSB), Ana Arraes se declarou impedida no caso dos 500 respiradores, sendo aquele processo redistribuído para outro ministro do TCU.

Neste novo processo, a ministra pode adotar o mesmo procedimento, quando os autos chegarem ao gabinete da ministra.

OPERAÇÃO ANTÍDOTO

A Operação Antídoto foi deflagrada pela Polícia Federal em 16 de junho.

Segundo o publicado no Jornal do Commercio, na época, a Polícia Federal em Pernambuco deflagrou a Operação Antídoto para investigar contratações emergenciais realizadas pela Secretaria de Saúde da Prefeitura do Recife em favor da empresa FBS Saúde Brasil Comércio de Materiais Médicos Eireli no enfrentamento à pandemia do novo coronavírus (covid-19).

Foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão na sede da empresa e em outros endereços.

De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), as apurações apontaram possíveis irregularidades em dispensas de licitação promovidas pela Secretaria de Saúde do Recife e vinculadas ao plano de combate à pandemia, com verbas do Sistema Único de Saúde.

A Prefeitura, segundo o MPF, teria feito a contratação de R$ 81,1 milhões em equipamentos hospitalares da FBS Saúde Brasil, empresa que tem capital social de R$ 100 mil e apenas um funcionário registrado, embora as apurações indiquem outras pessoas como reais proprietários.

Fonte – Blog Do Jamildo

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