Líder da oposição na Câmara do Recife, o vereador Alcides Cardoso (PSDB) presidiu, nesta quarta-feira (10), uma audiência pública sobre os problemas e desafios da Rua da Imperatriz, no plenarinho da Casa de José Mariano, e cobrou a inclusão da rua na Lei do Recentro, viabilizando a concessão de incentivos fiscais como o desconto total ou parcial do IPTU e ISS para a sua revitalização. A inclusão foi solicitada pelo parlamentar em um requerimento com a indicação ao prefeito João Campos (PSB), aprovado há mais de um ano na Câmara, na reunião ordinária do dia 19 de abril de 2022, e é a principal reivindicação de uma comissão de proprietários de imóveis e comerciantes da Imperatriz, que reclamam do abandono da via, que já foi um dos principais corredores do comércio da cidade.

“A Rua da Imperatriz é onde se inicia o corredor do comércio do Centro do Recife e não há lógica no fato dela não estar incluída na Lei do Recentro desde o início e fiz questão de reforçar esse ponto na nossa audiência. Na oportunidade, eu cobrei a resposta da prefeitura sobre o estudo para essa inclusão, que está sendo feito pela Secretaria de Finanças. Segundo o representante do Gabinete do Centro do Recife que participou da nossa audiência, o entrave é que talvez tenha que se discutir a inclusão do bairro da Boa Vista como um todo no Recentro, mas defendo que se faça um recorte e contemple logo a Imperatriz pela sua importância histórica e para o comércio de nossa cidade, resgatando essa rua do abandono”, disse Alcides Cardoso.

Como um dos encaminhamentos da audiência, o líder da oposição anunciou que será criado um grupo de trabalho com a participação de proprietários e de comerciantes da Imperatriz, de representantes dos órgãos da Prefeitura do Recife e do Governo de Pernambuco, além de outros vereadores. A primeira ação desse grupo será a convocação de uma reunião com a secretária de Finanças do Recife, Maíra Fischer, para que seja obtido uma resposta sobre o andamento do estudo sobre a inclusão da Imperatriz na Lei do Recentro. O estudo foi solicitado pelo Recentro à pasta de Finanças após Alcides Cardoso se reunir, em março deste ano, com a chefe do Gabinete do Centro do Recife, Ana Paula Vilaça, junto com proprietários da Imperatriz.

“Nós não somos um órgão de execução. Somos um órgão de articulação. Estamos monitorando essa análise (da inclusão da Imperatriz) junto à Secretaria de Finanças. A gente quer a Imperatriz na Lei do Recentro”, disse João Paulo da Silva, gerente de articulação territorial do Recentro.

Uma outra queixa dos proprietários e comerciantes da Imperatriz é a falta de segurança no local, que vem afastando há muito tempo as pessoas que antes frequentavam as suas lojas. “Tem proprietário que não pode nem entrar no seu imóvel para mostrar a um interessado porque tem morador de rua deitado na frente que não permite nem abrir a porta. Estamos sofrendo. A rua está vazia”, relatou Evania Margolis, proprietária de um imóvel da Rua da Imperatriz.

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