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Em Petrolina antigos desafetos se juntam, mas não se misturam

Em todo lugar a câmara municipal ajuda, mas tem polêmica de sobra. É assim em Petrolina, no Sertão, onde o ex-líder da bancada governista, vereador Ronaldo Silva (PSDB), passou para o time da oposição e nem por isso ficou imune às críticas do Professor Gilmar Santos (PT), com quem teve duros atritos quando Ronaldo fazia a defesa do Governo Miguel Coelho.

O mais novo embate entre os dois aconteceu na sessão plenária na última sessão, por ocasião da Operação ‘Tempo Perdido’, deflagrada pela Polícia Federal (PF) com o intuito de investigar possíveis fraudes relacionadas ao programa habitacional ‘Casa Amarela’ (antigo Minha Casa Minha Vida).

Ronaldo comentou que, mesmo quando era líder do governo, sempre denunciou a venda irregular de unidades do Residencial Novo Tempo 5, que beneficiava sobretudo amigos e familiares de funcionários da prefeitura. “Eu era o líder da situação, mas nunca concordei com isso, nem nunca assinei nada de errado. Não tenho rabo preso, não. Eu avisei, eu disse o que estava acontecendo na Secretaria de Habitação”, desabafou.

Mas Professor Gilmar não se sensibilizou pelas palavras do colega. Pelo contrário. Segundo o oposicionista, Ronaldo hoje faz uma oposição “de conveniência”, porque deveria ter levado essas denúncias à esfera do Ministério Público Federal – atitude tomada por Gilmar. Ele lembrou que teve até um senhor que tirou a própria vida por não aguentar mais a espera e as humilhações para conseguir uma casa, além de tantas outras famílias que aguardam há 10 anos, sem êxito.

“O vereador Ronaldo Silva era o líder do governo, ela tinha uma assessora que estava lá, liderando esse movimento. E o vereador diz hoje que estava defendendo esse povo. Ele diz que denunciou para prefeitura. Vereador, nós denunciamos para o Ministério Público Federal. O senhor não denunciou para quem deveria denunciar. Nós cumprimos esse papel. E estamos na oposição, não por conveniência das circunstâncias, não porque não recebemos cargos da prefeitura, mas porque defendemos o povo”, completou.

Fonte – Carlos Britto

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