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Governador de PE cobra mais verbas para prevenção a desastres climáticos; ‘é preciso esforço conjunto para evitar tragédias’, diz

Com um balanço que aponta 128 mortos e mais de 71 mil desalojados e desabrigados em Pernambuco, o governador Paulo Câmara (PSB) afirmou, neste domingo (5), que é preciso ampliar os investimentos em prevenção a desastres climáticos. “É preciso esforço conjunto para evitar tragédias”, declarou (veja vídeo acima).

Câmara concedeu uma entrevista à Globo News e abordou temas relativos aos temporais que castigaram o Grande Recife no fim de maio. Segundo o gestor, é necessário elevar esse patamar nas esferas municipal, estadual e federal.

Ao todo, 54 municípios foram atingidos pelas chuvas. A Defesa Civil estadual informou que, neste domingo, subiu de 34 para 37 o número de cidades com decretos de situação de emergência.

“Pernambuco é o quarto estado a ser atingido, em 2022, por desastres extremos. Tivemos casos na Bahia, Minas Gerais e Rio de Janeiro”, afirmou. Assim, Câmara justificou a cobrança por mais planejamento de ações de prevenção.

Para o governador de Pernambuco, o Brasil tem “dificuldades enormes” de planejar a médio e longo prazos e até de curto curto prazo. “E isso vai ter que ser feito. São ações de urbanização e que envolvem a garantia da moradia”, declarou.

Câmara disse que áreas com ocupação recente precisam de planos de urbanização. “É necessário ter plano de metas e ações que envolvem áreas em expansão”, disse.

O gestor acrescentou que esse planejamento exige um a garantia de repasse de recursos para os próximos anos e até para as próximas décadas.

Câmara também falou sobre a necessidade de suporte técnico para os municípios,” para que eles “façam projetos efetivos de prevenção e contenção de encostas e urbanização”.

“Projetos que não são de curto prazo, vão precisar começar logo e durar até décadas e não podem ser interrompidos”, declarou.

Câmara relatou as ações que o governo adotou desde o início da crise das chuvas. Lembrou o projeto enviado para a Assembleia Legislativa, que prevê pensão vitalícia para as famílias que perderam parentes nos deslizamentos.

Por fim, o governador disse que é preciso retomar projetos de habitação popular para a baixa renda. Citou o exemplo o nível 1 do Minha Casa Verde Amarela, que substituiu o Minha Casa Minha Vida.

Nesse nível, o programa praticamente dá a moradia para a pessoa, já que ela não tem dinheiro para pagar parcelas de financiamento.

“É preciso resgatar programas habitacionais. Isso é uma política que não existe mais no Brasil”, declarou.

Fonte – G1

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