Governadora Raquel Lyra paga preço alto por baixas no secretariado
Apesar da energia gasta pela governadora Raquel Lyra (PSDB) no sentido de apresentar as agendas positivas da sua gestão, os episódios relacionados às baixas no seu secretariado acabaram ofuscando qualquer esforço mestre sentido. Entre os dias 20 de julho e 30 de agosto, em um espaço de apenas 43 dias, o seu secretariado contabilizou 5 baixas. Figuras como Silvério Pessoa (Cultura); Regina Pessoa (Mulher); Aloísio Ferraz (Desenvolvimento Agrário); Evandro Avelar (Infraestutura e Mobilidade); e mais recentemente Carla Patrícia (Defesa Social), foram substituídos. O que se sabe até então é que nenhum dos casos está relacionado à malversação dos recursos públicos, no entanto, em três deles, a exoneração aconteceu ‘a pedido’, o que acaba passando uma manifestação de desconfiança em relação ao Governo. Mudanças no secretariado não é algo incomum de ser ver, no entanto, o que está acontecendo com o governo Raquel Lyra merece um destaque não apenas pelo curto período em que estas alterações estão ocorrendo, mas, sobretudo, a natureza delas e eu explico o porquê.
Seja ‘a pedido’ ou por puro desejo e vontade da governadora, a mudança no secretariado acaba constrangendo o Governo. Não custa lembrar que Raquel Lyra optou por escolher um secretariado ‘técnico’ e é aí onde está o problema. Se o técnico escolhe sair, ele acaba passando a imagem de frustração com o governo, já se o técnico é demitido, transmite o sinal de que a governadora errou na escolha. E tudo isto, vale o registro, está ocorrendo em apenas oito meses de governo. A aposta da governadora Raquel Lyra de preterir à classe política para dar lugar aos ‘técnicos’ de forma majoritária em seu primeiro escalão está custando muito alto.
Fonte – Blog Ponto de Vista