Humberto Costa: “A situação é gravíssima e demonstra que o governo perdeu o total controle”
Com um titular demitido e outro não nomeado, o Ministério da Saúde perdeu o controle da situação e lançou o sistema do país no completo caos. Paralisado, o governo assiste à escalada da pandemia, que deve chegar, até o fim do próximo mês, à marca de 400 mil mortos, segundo especialistas. Os sinais de colapso em várias áreas levaram o senador Humberto Costa (PT-PE), presidente da Comissão de Direitos Humanos do Senado, a recorrer ao Ministério Público para evitar a falência da rede.
Em uma ação enviada aos procuradores federais e aos que atuam junto ao Tribunal de Contas da União, Humberto requereu atuação imediata para tentar evitar o esgotamento do estoque de analgésicos, sedativos e bloqueadores musculares usados para a intubação de pacientes em UTIs, cuja previsão é de somente mais 15 dias de duração.
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Ex-ministro da Saúde, o senador solicitou que os procuradores “atuem de forma preventiva para que a intempestividade e a ineficiência dos dirigentes das agências de saúde e daquele próprio Ministério da Saúde não façam eclodir novamente drama similar ao que se deu com a falta de oxigênio ocorrida em determinadas localidades no país recentemente”.
Em outro procedimento, Humberto oficiou os Ministérios da Saúde e da Defesa para que respondam, em até 20 dias, quantos leitos existem em hospitais militares em todo o país, quantos são destinados a casos de covid, quantos estão cedidos ao SUS e quantos estão efetivamente vagos. O senador decidiu dar início ao levantamento depois de denúncias de que, mesmo custeados com dinheiro público, leitos em hospitais militares estariam ociosos reservados a militares e seus familiares para o caso de adoecerem de covid, enquanto pessoas estão morrendo em listas de espera sem atendimento médico.
“A situação é gravíssima e demonstra que o governo perdeu o total controle. O Ministério da Saúde é incapaz de coordenar qualquer coisa, tudo está entregue, largado, no completo caos. Os brasileiros foram abandonados à própria sorte e se o Congresso, juntamente com governadores e prefeitos, não tomar as rédeas da situação, teremos um quadro mais catastrófico ainda pela frente”, afirmou Humberto Costa.
Fonte – Portal de Prefeitura