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Humberto Costa defende novas tecnologias na saúde e parceria com iniciativa privada

Os obstáculos que a área da saúde enfrenta no Brasil e as propostas para os graves problemas do setor em um país com severas restrições econômicas foram os temas de um dos painéis do seminário Desafios 2023, o Brasil que queremos, promovido pelo Correio Braziliense, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, com transmissão ao vivo pelas redes sociais e pelo site do jornal.

O debate foi aberto pelo senador Humberto Costa, ex-ministro da Saúde, que coordenou a elaboração do programa de governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva para a área. Para o senador, saúde é um investimento que a sociedade deve fazer, que representa 9% do PIB e emprega 15% da população economicamente ativa (PEA), com nível de emprego qualificado.

Mas ele lembra que a saúde é um setor em que a balança comercial brasileira é deficitária, na medida em que há uma grande concentração de produção de insumos em poucos países. “O Brasil pode recuperar a sua capacidade produtiva no setor”, disse ele, apontando que essa será uma das prioridades do futuro governo.

“Nós vamos recompor estruturas da área da saúde, da ciência e da tecnologia, retomar investimentos e atrair agentes privados para o desenvolvimento de ciência e tecnologia para a área da saúde.

Ele defendeu políticas públicas de incentivo a esses investimentos, com revisão da atual estrutura tributária do país. Para Costa, é preciso estimular tanto a pesquisa clínica quanto a inovação tecnológica e de processos. “Além de atrair investimentos com políticas adequadas, vamos apostar em capacidades desse país para criação de patentes próprias”, declarou. Por isso, defendeu a reformulação do Instituto Nacional de propriedade Industrial (INPI) “para termos patentes em vários segmentos econômicos importantes”.

O senador também discorreu sobre a necessidade de o país estimular setores nos quais já tem know how no campo da saúde. Ele lembrou que, no auge da pandemia de covid-19, o Brasil se viu obrigado a importar produtos “que nós temos capacidade de produzir”, e citou ventiladores para suporte respiratório, máscaras e luvas.

Costa defendeu o modelo de parcerias público-privadas “com segurança jurídica”para fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS), considerado por ele “um espaço de consumo relevante”, com quase 170 milhões de usuários, além dos 50 milhões de brasileiros que utilizam a saúde suplementar.

Fonte – Diário de PE

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