Humberto sobre pré-candidatura de Marília: “Não saiu do lugar”
O senador Humberto Costa admite, quando o assunto é o cenário nacional, que há certa “animosidade” e “mal-estar” no campo das Oposições. A dificuldade não reside entre as lideranças do Congresso Nacional, segundo o petista, mas é latente entre as direções dos partidos de Oposição. Nas palavras de Humberto, “esse mal-estar” tem a ver com “o processo de discussão das eleição municipais”. Admite que o “clima ruim” deriva da ideia de que “o PT quer tudo e abre mão poucas vezes”. Ele argumenta que o PT “poderia ter feito um movimento maior e melhor para construção da unidade das esquerdas nas eleições municipais”.
Em Pernambuco, o senador integra a ala do partido que defende a manutenção da aliança com a Frente Popular. Mas o Diretório Nacional já antecipou posição em favor de uma candidatura da deputada Marília Arraes à Prefeitura do Recife, enquanto o PSB trabalha o projeto majoritário do deputado federal João Campos. O diretório municipal do PT, no entanto, não aceita a posição da nacional de bom grado. Segundo Humberto, o estatuto determina que o Diretório Municipal vai tomar posição ainda sobre o assunto em reunião já agendada para o dia 15 de junho. Por larga maioria, a instância municipal defende aliança com o PSB. “A pré-candidatura de Marília Arraes já foi lançada há mais de um mês e, de lá para cá, nada aconteceu, não saiu do lugar”, alfineta o senador. E avisa: “O diretório municipal deve apresentar recurso ao diretório nacional e vai fazer”. Humberto falou, ontem, em entrevista à Rádio Folha FM 96,7. Na semana passada, o PT protocolou junto com mais seis partidos de Oposição um pedido de impeachment do presidente Jair Bolsonaro. O movimento gerou arestas com partidos como PDT e PSB, que já haviam ingressado com pedidos separados anteriormente, sem que o PT acompanhasse. Do PSB, o deputado Danilo Cabral chegou a criticar: “Se cada um quiser um processo pra chamar de seu, não vamos a lugar algum”. A conferir.
Fonte – Folha PE