João Campos dependerá de si mesmo para conquistar a reeleição
Após o fim da hegemonia do PSB de dezesseis anos em Pernambuco decretado nas urnas no último dia 2, muitos apressaram-se no sentido de avaliar que o projeto de João Campos estaria em risco em caso de vitória de Raquel Lyra ou de Marília Arraes neste segundo turno. Sobre Raquel, avaliam que uma vitória da tucana alavancaria candidaturas de Priscila Krause ou de Daniel Coelho em 2024, e a própria Marília seria candidata contra o primo.
No caso de vitória da candidata do Solidariedade, até a junção dos dois primos na visita de Lula, muitos diriam que ela poderia fabricar um candidato para prejudicar João Campos. Este segunda alternativa se dissipou com o provável entendimento entre eles, tanto em caso de vitória quanto em caso de derrota de Marília Arraes no próximo dia 30.
A bem da verdade é que desde que a reeleição foi instituída, dois prefeitos conquistaram a reeleição, um não conquistou sendo derrotado nas urnas e o outro sequer tentou o segundo mandato. João Paulo e Geraldo Julio foram vitoriosos, Roberto Magalhães acabou derrotado e João da Costa foi impedido pelo PT de disputar a reeleição.
Para muitos, João da Costa teria sido reeleito naquela ocasião de 2012 se tivesse o apoio do seu partido, já Roberto Magalhães se não fossem os episódios polêmicos daquela campanha poderia ter conquistado o segundo mandato, uma vez que tinha uma gestão bem-avaliada e perdeu para João Paulo por uma pequena margem de votos.
Isso significa que a força da máquina é muito significativa para quem tenta o segundo mandato, e cabe ao prefeito a incumbência de fazer o dever de casa. O prefeito faz uma gestão bem-avaliada e terá dois anos para alavancar obras e investimentos na capital pernambucana. A ele caberá a responsabilidade de manter o legado do PSB e de Eduardo Campos vivo, portanto um bom trabalho nos próximos dois anos será vital para que João possa garantir o segundo mandato e permanecer apontando para o futuro de Pernambuco como liderança política de relevo no estado.
Fonte – Edmar Lyra
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