Liberação de eventos privados no Carnaval divide políticos pernambucanos
A explosão de casos de Covid-19 e Influenza no início de 2022 provoca nos estados nordestinos – onde o Carnaval é forte atrativo turístico- dúvida sobre a liberação das festas e discussões acaloradas. Em Pernambuco a situação não é diferente e divide políticos.
Após amargar um ano inteiro de paralisação das atividades, o setor de eventos apostava no Carnaval deste ano, mas pode sofrer novo impacto econômico, agravado também nas cidades pernambucanas que geram emprego e renda com a realização das festas nessa época.
Empresários cobram dos prefeitos e do Governo do Estado apoio e sensibilidade nesse momento de retomada e apresentam forte argumento: 75,4% da população residente em Pernambuco recebeu a primeira dose a vacina contra a Covid-19 e 65,6% a segunda.
Parte dos parlamentares de Pernambuco defende o setor de eventos, com a realização das festas privadas nesse período. Esse posicionamento é contrário ao que prega o governador Paulo Câmara (PSB), que parece seguir o caminho de restrições aos eventos.
O deputado estadual João Paulo Costa (Avante) defende a continuidade de eventos privados em Pernambuco, argumentando que o setor de eventos foi um dos mais afetados com a pandemia do novo coronavírus e que a suspensão vai interromper a retomada econômica.
A fala de João Paulo ganha força com os dados da Associação Brasileira dos Promotores de Eventos (Abrape), que apontam que mais de 350 mil eventos deixaram de ser realizados em 2020, no auge da crise sanitária no país.
Essa é a mesma opinião do deputado federal Felipe Carreras (PSB), que declarou apoio à realização dos eventos públicos e privados com exigência de vacinação e pediu respeito aos realizadores e frequentadores dessas festas.
Já o prefeito de Recife, João Campos (PSB), anunciou na primeira semana de janeiro a suspensão da programação oficial do Carnaval de rua neste ano, em decorrência do aumento de casos de Covid e Influenza. A medida foi tomada pelo aumento dos casos de influenza na cidade.