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Médicos denunciam descumprimento de prazo legal para tratamento no Hospital de Câncer, durante AGE no Simepe

Durante a assembleia realizada pelo Simepe, os profissionais médicos relataram que além do não cumprimento da lei 12.732/12, que dispõe sobre o período para início do tratamento, a precariedade de materiais e insumos, bem como a demora para realização de cirurgias e procedimentos, comprometem o atendimento à população

Nesta terça-feira (13), o Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), se reuniu com os médicos que atuam no Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP), em Assembleia Geral Extraordinária (AGE), para apurar as denúncias e demandas enfrentadas pelos profissionais que atuam na unidade hospitalar. Durante o encontro que aconteceu de forma online, através de videoconferência e contou com a participação de mais de 80 médicos, foi relatado que o que preconiza a lei federal n°12.732/12, estabelecendo um período de 60 dias para início de tratamento após diagnóstico para pacientes oncológicos, não vem sendo cumprindo pelo HCP. Além disso, também foi relatado que problemas com equipamentos e insumos de baixa qualidade, tem provocado a demora no diagnóstico e nos procedimentos, comprometendo o serviço disponibilizado à população.

De acordo com a vice-presidente do Simepe, Ana Carolina Tabosa, as denúncias apresentadas são graves e precisam de soluções imediatas. “Nesta AGE tomamos conhecimento de falhas graves enfrentadas pelos colegas durante suas jornadas de trabalho no Hospital de Câncer. O não cumprimento do prazo de 60 dias para o início do tratamento e o agendamento para procedimentos e cirurgias postergados para janeiro de 2025, são denúncias graves que precisam ser solucionadas. Além disso, foram apresentadas as queixas quanto a precariedade dos insumos disponibilizados para os procedimentos realizados no hospital, comprometendo e ampliando o período cirúrgico e anestésico dos pacientes. Nós seguiremos atentos às demandas e cobraremos a gestão do HCP as soluções imediatas”, destacou Ana Carolina Tabosa.

Além das condições de trabalho, também estiveram na pauta da assembleia a construção de uma proposta de reajuste salarial. Os médicos do HCP estão há dez anos sem reajustes e recomposições da inflação, o que gera uma grande insatisfação na categoria.

Para o presidente do Simepe, Walber Steffano, a categoria que atua no equipamento de saúde, mesmo em meio às adversidades apontadas durante a assembleia, precisa ser valorizada e reconhecida por sua resiliência em meio a manutenção do atendimento. “É grave o que foi denunciado pelos profissionais presentes na AGE. De acordo com as falas, as condições são inadequadas, faltam insumos e equipamentos, além dos salários que são aviltantes. O Simepe se solidariza com a categoria neste momento e seguirá buscando uma mesa de negociação para o enfrentamento dos problemas. Na próxima AGE que iremos realizar com os colegas, colocaremos em pauta a entrada em estado de greve”, afirmou o presidente do Simepe.

Uma nova Assembleia Geral Extraordinária está agendada para o dia 27/08, quando os médicos deverão definir se será iniciada a greve, paralisando os serviços não emergenciais da unidade.

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