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Pragmáticos, governadores alinhados a Bolsonaro já acenam ao novo governo

Governadores aliados de Jair Bolsonaro já começaram a se aproximar do futuro governo. Enquanto o presidente não reconhece oficialmente a derrota nas urnas, aqueles que o apoiaram na campanha tratam o resultado da eleição como fato consumado. As dificuldades para equilibrar as contas públicas fazem chefes do Executivo nos Estados recorrerem ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva em busca de acordos. Pragmáticos, eles também se posicionam contra manifestações que defendam intervenção militar, mostra reportagem da edição desta terça-feira (29) do jornal O Estado de S. Paulo.

Sob o argumento de que a relação com o Palácio do Planalto precisa ser mantida e passa pelas bancadas federais, governadores não escondem a preocupação com a redução do ICMS sobre os combustíveis, iniciativa que foi tomada por Bolsonaro durante o período eleitoral e atingiu o caixa dos Estados.

Agora, eles vão pedir ajuda a Lula. O assunto é tratado como prioritário e emergencial.

Na prática, quem esteve ao lado de Bolsonaro na disputa evita tanto incentivar o questionamento ao resultado das urnas como fazer críticas ao presidente. O objetivo é afastar qualquer ruído no momento em que a relação com Lula vem sendo construída.

Um dos mais influentes apoiadores de Bolsonaro na campanha, o governador reeleito de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), admitiu interesse em se reunir com Lula para levar a ele demandas do Estado. “Meu estilo não é o de jogar pedra e também não é o de ser um bajulador. Eu sou muito prático. O que for melhor para Minas, estaremos discutindo”, afirmou Zema ao jornal O Estado de S. Paulo.

A 3.875 quilômetros dali, o governador reeleito do Amazonas, Wilson Lima (União Brasil), tem opinião semelhante. “Eu não preciso de alinhamento político, mas preciso de diálogo com o governo federal”, afirmou Lima, outro aliado de Bolsonaro.

O amazonense disse ter interrompido o contato com o presidente após o segundo turno, na tentativa de reequilibrar as contas depois da redução do imposto sobre os combustíveis. “O Estado e o governo são estruturas que caminham automaticamente. As coisas não deixam de funcionar. Bolsonaro agora passa da situação para a oposição e isso é normal no processo democrático”, disse.

Fonte – JC

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