Prefeito de Água Preta, Noé Magalhães (PSB), é preso em nova operação da Polícia Federal
Na operação de hoje um dos alvos da Polícia Federal (PF) foi o prefeito de Água Preta, Noé Magalhães (PSB). Ele foi preso em casa, na Avenida Boa Viagem, na Zona Sul do Recife. O político já tinha aí alvo de uma operação realizada pela PF em maio deste ano.
A prisão de Noé aconteceu durante a segunda fase da Operação Dilúvio. O Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-5) determinou a captura e ele foi autuado por estar com um fuzil.
A PF investiga fraude em licitações, corrupção e lavagem de dinheiro. Além de prender o prefeito, a PF cumpriu mais sete mandados de busca e apreensão.
Muito ligado ao PSB e líder político de sua região, o prefeito foi preso, em sua residência, num prédio de luxo na orla do Recife. Pelo menos três viaturas da Polícia Federal ainda estão no local.
De acordo com a PF, o que levantou suspeita contra a gestão de Água Preta foi a contratação, de forma emergencial, de uma prestadora de serviços de manutenção corretiva e preventiva de veículos da frota do município.
Segundo a polícia, a empresa contratada custeou despesas como passagens aéreas internacionais em classe executiva para o prefeito e sua esposa.
A primeira fase da Operação Dilúvio foi deflagrada no dia 23 de maio deste ano. Na época, foram cumpridos 27 mandados de busca e apreensão em diversos endereços ligados ao grupo investigado, localizados nos municípios de Água Preta, Cabo de Santo Agostinho, Catende, Gravatá, Jaboatão dos Guararapes, Palmares, Paulista, Recife e Tamandaré.
Os resultados obtidos com a primeira fase do trabalho revelaram indícios do envolvimento de outras pessoas no esquema criminoso, inclusive por meio da prática de atos de obstrução da justiça, além da identificação de novas contas bancárias utilizadas pelos investigados.
Isso motivou a Polícia Federal a representar por novas medidas investigativas, deferidas integralmente pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região.
Ao todo estão sendo empregados na presente ação 40 (quarenta) policiais federais, além de servidores da Receita Federal e da Controladoria-Geral da União.
As penas máximas estimadas para os crimes investigados na Operação Dilúvio, somadas, podem ultrapassar 40 anos de reclusão.
O nome da Operação, extraído de uma passagem bíblica, faz referência ao meio utilizado por Deus para fazer desaparecer da terra os vícios humanos, no caso presente, a malversação dos recursos públicos.
Fonte – Ricardo Antunes