Notícias

Prefeito de Petrolina admite brigar na justiça pelo controle da Compesa

Em entrevista à rede Nordeste de Rádio, o prefeito de Petrolina, Simão Durando (União Brasil) admitiu, ontem, que pode judicializar o processo de municipalização da Compesa no município. De acordo com o gestor, não tem mais como ficar calado diante dos péssimos serviços que a Companhia Pernambucana de Saneamento tem prestado na cidade.

De acordo com Simão, além da falta de água que se acentuou neste ano, prejudicando a vida de grande parte da população, a péssima qualidade do serviço da Compesa em Petrolina tem afugentado até os investidores.

“Fora a provação que a população tem passado com a falta de água, que é o principal, os investimentos de parcerias privadas estão correndo de Petrolina porque a Compesa está afugentando. Então, chegou no limite e eu não vou ficar calado em relação a isso. A Compesa já deu o que tinha que dar aqui em Petrolina e nós vamos realmente procurar o jurídico da prefeitura para saber como a gente pode novamente colocar a licitação na rua para que a gente faça uma privatização da Compesa para reativar os serviços que antes eram obrigações do município” desabafa o gestor.

Segundo Simão, a Prefeitura de Petrolina além de saber fazer o que a Compesa deveria fazer e não faz, pois insiste em dar desculpas à população, já tem feito sua parte para aliviar o sofrimento dos que apesar de viverem às margens do São Francisco, sofrem sem ter água tratada nem serviço de saneamento. Por isso, lançou mão de recursos próprios, na ordem de R$ 25 milhões, para suprir a demanda por água tratada e saneamento para atender 19,5 mil famílias nos bairros de Nova Descoberta e no saneamento da bacia do Henrique Leite.

“Por mês, a Compesa gera R$ 10 milhões de receitas com o pagamento das nossas contas de água. Desse montante, apenas R$ 3 milhões ficam em Petrolina, enquanto R$ 7 milhões saem da cidade com um subsídio cruzado para a Compesa. Se esses R$10 milhões ficassem aqui, estaríamos com uma realidade diferente. Como pode a área irrigada, que é a mola propulsora de Petrolina, vermos os nossos irmãos que moram na região passando sede, sem ter água tratada?”, questiona Simão.

Ele dispara: “A Compesa vai mal e muito. Chegou ao ponto de humilhação de querer voltar a abastecer as pessoas com carro-pipa. Nós queremos água tratada, saneamento. Porque isso é qualidade de vida”, dispara Simão.

A pressa de Simão tem justificativa, afinal, a cidade sertaneja é considerada a que oferece a melhor qualidade de vida entre as cidades do Nordeste e sem água, é impossível manter essa posição. Além disso, outro ponto coloca Petrolina no mapa do desenvolvimento econômico, quando puxada pelo bom desempenho no agronegócio, vem desde 2017 mantendo a trajetória de ser a que mais gera emprego formal do Nordeste.

Só no mês passado, conquistou a 12ª posição entre as cidades da região que mais criou postos de trabalho formal. São 77 mil petrolinenses inseridos no mercado de trabalho com carteira assinada. A nível estadual, ficou, segundo dados do último Caged, divulgado no início desde mês pelo Ministério do Trabalho, atrás apenas da capital pernambucana, com a criação de 4 mil vagas de carteira assinada a mais do que no mesmo período do ano passado.

“Ficamos muito animados em ver o bom desempenho da nossa cidade entre os indicadores que apontam o desenvolvimento de Petrolina entre os demais estados do Nordeste com relação ao emprego formal. Esse é um trabalho grande e que vem sendo desenvolvido há muito tempo e que vem se acentuando com a conclusão do Pontal, que só na primeira etapa criou 10 mil postos de trabalho e que prevê, no segundo momento, gerar mais de 12 mil novas oportunidades de emprego. Isso mostra que estamos no caminho certo e iremos fazer de tudo para crescer ainda mais”, conclui Simão.
Fonte – Folha PE

politicapernambucana #politica

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *