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Primeira vice-prefeita eleita no Recife diz que vitória é chance de ‘dar poder de decisão e representação às mulheres’

Isabella de Roldão, de 45 anos, é a primeira mulher a se eleger vice-prefeita no Recife. Filiada ao PDT, vai governar ao lado de João Campos (PSB), prefeito eleito da cidade no domingo (29). Em entrevista ao G1, ela disse que a vitória da chapa é “extremamente significativa e reflete para todas as mulheres, meninas e adolescentes”.

“É uma chance de tirar pautas femininas da invisibilidade, dar poder de decisão e representação às mulheres. Nem sempre é má vontade dos [homens] gestores. Às vezes, as mulheres não são pensadas nas políticas públicas, porque elas não estão ali, porque se normatizou que política é lugar de homens”, disse.
Para ela, ter uma mulher na vice prefeitura é um grande diferencial e o fato de ser feminista e lutar por uma sociedade mais igualitária é ainda mais significativo.
“Cada mulher que ocupa um espaço de liderança, seja em empresas públicas ou privadas, transforma em possibilidades reais os sonhos de todas as mulheres serem o que elas quiserem. Elas precisam saber que a gente pode ser o que quiser”, afirmou.
Ela apontou que entende que o prefeito eleito é João Campos e que as decisões, em casos de discordância, serão tomadas por ele. Mas antecipou que vai se colocar sempre que necessário. “É importante discordar. Quando todo mundo pensa igual, o mundo não vai para a frente”, declarou.

Recorte de gênero
Isabella afirmou que seu papel não vai ser figurativo na prefeitura. Para ela, sua principal missão, enquanto mulher, é colocar o recorte de gênero em debate. “Cuidar da mulher é cuidar da primeira infância. Você precisa fortalecer essas mulheres para que a primeira infância transcorra com tranquilidade. Isso vai refletir nas futuras gerações”, disse.
“Parece clichê, mas quando a gente pensa na mulher, a gente pensa no cuidado com os filhos, com a gestão da casa. Em algum momento, a gente vai interromper uma reunião para atender o telefone de um filho. A maioria dos homens não entende que esse é uma função deles”, declarou.
Para a ex-vereadora, uma das prioridades da gestão em relação às mulheres deve ser o fim da violência obstétrica e a busca pela universalização do parto humanizado nas maternidades municipais.
“Eu vou estar muito junto de João e do secretário de Saúde. A gente te precisa acabar com a violência obstétrica e garantir a humanização do nascimento. Sem isso, não vamos conseguir uma sociedade igualitária”, disse.
“É uma pauta que eu tenho um compromisso de vida. Quero que toda mulher gestante tenha direito ao parto humanizado, que ela saiba que pode fazer escolhas. A lei que garante a entrada das doulas nas maternidades municipais é minha, quando fui vereadora. Eu tive doula nos meus partos e queria que todas as mulheres tivessem direito”, explicou.

Entre vários pontos apontados no relatório o parecer pede a rejeição das contas do exercício 2018 de Hilário Paulo por não cumprir a lei de limite com gasto de pessoal, confira na integra alguns pontos:

CONSIDERANDO: a demonstrada fragilidade do planejamento e da execução orçamentária, com uma previsão de receitas irreais e um déficit da execução orçamentária na ordem de R$ R$ 4.605.944,65 (receita arrecadada menos despesa executada), prática que compromete gestões futuras, tema que tem sido de grande preocupação por parte dos Tribunais de Contas, levando à rejeição das contas dos gestores, a exemplo dos Processos TCE-PE nº 1430036-9 (Ribeirão, exercício 2013, julgado em 29/03/2016); TCE-PE nº 15100179-0 (Ilha de Itamaracá, exercício 2014, julgado em 09/08/2018); Processo TC nº 1401873-1 (Nazaré da Mata, exercício 2013, julgado em 10 /11/2015); e Processo TC nº 16100088-5 (Terezinha, exercício 2015, julgado em 31/01/2019);

CONSIDERANDO: a não especificação das medidas relativas à quantidade e valores de ações ajuizadas para cobrança de dívida ativa, exigência legal prevista no art. 13 da Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar nº 101/2000);

CONSIDERANDO: que a Prefeitura descumpriu o limite da Despesa Total com Pessoal (54%) nos 03 quadrimestres de 2018 (1ºQ/2018 – 77,75%; 2ºQ/2018 – 75,34%; e 3ºQ /2018 – 81,85%), apresentando uma trajetória crescente durante o exercício, comprometendo mais de 80% da Receita Corrente Líquida com Gastos com Pessoal;

Fonte – G1

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