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PT imerso em mais uma divisão este ano

Ainda está presente na memória de quem vivencia a política em Pernambuco o ano de 2012, quando João Paulo e João da Costa trocavam farpas depois de o primeiro apoiar o segundo na eleição de 2008 e sairem vitoriosos do processo. Como todo mundo lembra, Maurício Rands lançou sua pré-candidatura, disputou prévias com João da Costa, que acabou vitorioso.

Ainda assim o diretório nacional decidiu pela não candidatura de João da Costa e lançou Humberto Costa. No fim, a divisão interna do PT inviabilizou Humberto e ele amargou o terceiro lugar, com isso o partido entregou a prefeitura de bandeja ao PSB que elegeu Geraldo Julio.

Passados oito anos daquele episódio, a história se repete, e novamente o PT se vê numa disputa interna. Marília Arraes foi oficializada pela executiva nacional como pré-candidata do partido a prefeita do Recife a contragosto dos diretórios estadual e municipal que desejavam a manutenção da aliança com o PSB que decidiu por João Campos.

Assim como Humberto em 2012, Marília será candidata de um PT dividido, e os defensores da aliança com o PSB chateados pela iminente perda dos cargos nas gestões socialistas na prefeitura e no governo. Ser candidata com esse fogo amigo será uma verdadeira prova de fogo para Marília Arraes, que assim como em 2018, segue bem posicionada em pesquisas eleitorais e deverá polarizar a disputa com o primo João Campos na capital pernambucana.

Se o PT não sagrar-se vitorioso em novembro com a postulação de Marília Arraes, voltará a ser oposição nas três esferas de poder, e corre o risco de ficar ainda mais fragilizado em Pernambuco.
Fonte – Edmar Lyra

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