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Quais partidos ficarão com João Campos?

A derrota do PSB na disputa pelo Governo do Estado vai influenciar e muito na distribuição e acomodação das forças políticas no estado. A ascensão de Raquel Lyra e o projeto do seu grupo de tomar a Prefeitura do Recife das mãos do prefeito João Campos vai exigir do prefeito recifense muita articulação para garantir o apoio de partidos e lideranças políticas.

É bem verdade que João conta com a vantagem de está a frente de uma máquina azeitada e com a perspectiva de entrega de muitas e importantes obras até a eleição, no entanto quando o assunto é apoio partidário o cenário que se desenha demandará do herdeiro de Eduardo Campos muita articulação e habilidade para garantir não apenas uma ampla base de apoio de lideranças, mas, sobretudo, de partidos que lhe garantam tempo de TV/rádio robusto que será decisivo para que ele mostre os seus feitos na época da campanha. Não custa lembrar que o PSB saiu de uma bancada de 32 para a eleição 14 deputados federais, o que reflete diretamente numa queda brusca no tempo de televisão do partido. Entre as siglas que fazem atualmente parte da sua base, existem fortes rumores de que o PP e MDB priorizem uma aliança com Raquel Lyra. O primeiro é comandado pelo deputado federal Eduardo da Fonte, já o segundo tem em Jarbas/Fernando Dueire como seus líderes. O PP terá a 4ª maior bancada, enquanto que o MDB a 5ª, elegendo 47 e 42 deputados federais respectivamente.

Para garantir um bom tempo de TV/rádio João ficará dependente de uma aliança com a federação PT/PV/PCdoB que juntos elegeram 80 deputados. E como é sabido pela classe política, o PT acalenta o sonho de comandar novamente o Palácio do Capibaribe, o que não exclue a possibilidade de lançar candidato próprio. Neste caso o preço de uma composição não deve sair barato. Por sua vez, João não deverá ter dificuldade alguma em contar com o apoio do Republicanos de Silvio Costa Filho que elegeu 41 deputados e deve renovar a aliança com o PDT que elegeu 17 deputados, no entanto não é certo que se repita a chapa com Isabella de Roldão na vice.

Por sua vez, a oposição ao atual prefeito do Recife deve contar com o lançamento de várias candidaturas, a exemplo de Priscila Krause ou Daniel Coelho pela federação PSDB/Cidadania; André Ferreira pelo PL; Túlio Gadelha pela federação Rede/Psol e Mendonça Filho pelo União Brasil. Dos demais partidos que atingiram a clausura de barreira e, portanto, terão direito a tempo de TV/rádio estão o Podemos, Avante e PSD. O primeiro é comandado por Ricardo Teobaldo e fará parte da base de Raquel. O segundo tem como líder Sebastião Oliveira e o terceiro André de Paula. Caberá a João dialogar com estes dois últimos.

Por fim, vereamos com nitidez a consolidação de como ficará a base de João Campos após o anúncio do secretariado de Raquel Lyra e, respectivamente, a reforma que o prefeito do Recife pretende realizar no seu secretariado.

Fonte – Blog Ponto de Vista 

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