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Raquel sofre pressões por melhorias na segurança pública

Prestes a completar seis meses de gestão, a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), tem enfrentado dificuldades para chegar a um consenso com entidades da sociedade civil e deputados estaduais quando a pauta se debruça sobre o setor da segurança pública. Ontem (21), um novo capítulo foi adicionado ao imbróglio quando rodoviários decidiram cruzar os braços em protesto à insegurança que assola usuários e profissionais do transporte coletivo.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Rodoviários de Pernambuco, Aldo Lima, a mobilização que interrompeu o tráfego na Avenida Guararapes, uma das mais movimentadas do Recife, foi uma espécie de “grito de socorro” por políticas públicas e medidas efetivas para frear a escalada de violência contra condutores e passageiros.

“Não iremos tolerar mais tanta violência. […] Para nós, rodoviários, basta. E não nos falta coragem para lutar. Outros protestos ocorrerão se nada for feito por parte do poder público”, disse o sindicalista. “Os órgãos competentes não dão uma solução, sequer elaboram uma política de combate à violência no transporte público”, acrescentou.

Em nota, a Secretaria de Defesa Social alegou que a Operação Transporte Seguro “se faz presente nos terminais e principais corredores de circulação de ônibus, com efetivo reforçado na Região Metropolitana”, e que, em relação ao mês de maio de 2022, observou-se redução de 14,28% no número de ocorrências.

Civis
Ainda na manhã de ontem, o Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol) de Pernambuco (Sinpol-PE) promoveu panfletagem nas estações de metrô da Região Metropolitana do Recife por melhorias nas condições de trabalho para a categoria. Esse é o terceiro protesto, somente no mês de maio, que os profissionais da segurança pública realizaram no estado. “O sindicato pede por uma Polícia Civil bem estruturada, capacitada e devidamente remunerada. São premissas básicas para que se possa observar redução efetiva dos índices de violência no estado.”

Legislativo
Há ainda uma forte cobrança por parte de deputados estaduais ligados à pauta da segurança pública para que a governadora Raquel Lyra (PSDB) acabe com as faixas salariais para categorias com as da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros. A pressão aumentou quando da autorização, pela Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), para que o Executivo possa contrair empréstimo de até R$ 3,4 bilhões junto a instituições financeiras.

A extinção das faixas salariais dos militares foi uma das principais promessas de campanha da então candidata Raquel Lyra ao Campo das Princesas, em 2022. Instituído em 2017, o dispositivo foi alvo de duras críticas pela atual governadora, mas, até o momento, não houve sinalização no sentido de rever a medida que, segundo a categoria, desigualdades ocupantes de um mesmo posto, além de ferir os princípios da paridade e integralidade. Isso significa que policiais e bombeiros de mesma graduação, cargo ou tempo de serviço possam vir a receber remunerações distintas devido aos critérios impostos pela legislação.
Fonte – Diário de PE

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