A inauguração do novo prédio do Hospital Agamenon Magalhães (HAM), no Recife, ontem, pela governadora Raquel Lyra (PSDB), com a duplicação do número de atendimentos ambulatoriais, sinaliza para o fortalecimento de uma marca que a gestora tem reforçado em discursos e, sobretudo, ações: o fim dos canteiros de obras inacabadas, que há tempo marca a gestão em Pernambuco. Iniciada ainda em 2013, a obra de ampliação do HAM deveria ter sido entregue desde 2015. Com pouco mais de oito meses, a nova gestão acelerou o ritmo, equipou os andares e entregou à população.

O evento de ontem se soma a outras grandes inaugurações já realizadas, a exemplo de 500 unidades habitacionais financiadas pelo PAC 1 e que o governo do Estado não conseguia concluir há mais de uma década: os residenciais Canal do Jordão, em Jaboatão, e o Mulheres de Tejucupapo, no Recife. Auxiliares da governadora contam que, além da missão de “não deixar ninguém pra trás”, como sempre repete, Raquel Lyra também passou a instrução de não deixar nenhuma obra – em condições de conclusão – para depois.

Na lista das próximas obras que já estão sendo aceleradas, o Hospital da Mulher de Caruaru, com a primeira das cinco maternidades prometidas na campanha, e a 1ª etapa da Adutora do Agreste. No pacote, atenção especial também para a malha viária: o diagnóstico da nova gestão, realizado ainda no primeiro semestre, apontou que a maior parte das requalificações anunciadas no Plano Retomada ficaram pelo caminho. Com R$ 758 milhões já em conta, decorrentes do empréstimo do Banco do Brasil, um amplo pacote já está às vésperas de ser assinado, mas com a regra de que só se dê ordem de serviço para aquelas com recursos garantidos para conclusão.

A missão de iniciar, realizar e entregar – com início, meio e fim – as obras da sua gestão também rem repercussão direta na geração de empregos, uma das maiores dificuldades do cenário econômico encontrado pela governadora. Embora já tenha a vitória de ter registrado, até aqui, a abertura de 10 mil vagas de trabalho formais em 2023, as dificuldades da construção civil tem atrasado um desempenho melhor. É apostando nas obras públicas, com o planejamento realizado no primeiro semestre, que a governadora prevê números mais robustos. Está determinada a deixar para trás o título de estado brasileiro com mais desempregados, uma das mais indigestas heranças que recebeu.
Fonte – Edmar Lyra

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