Saída do PT evidencia sequelas após eleições municipais
O Partido dos Trabalhadores oficializou ontem o seu desembarque do governo Paulo Câmara. A iniciativa se deu após a entrega da secretaria de Desenvolvimento Agrário ao Partido Progressista, presidido pelo deputado federal Eduardo da Fonte, cujo secretário será o deputado estadual licenciado Claudiano Filho.
Na nota do desembarque, o PT evidenciou a insatisfação com as críticas que o PSB fez ao partido durante a campanha eleitoral, classificando-as como algo inaceitável, desrespeitoso e incompatível com o histórico de relacionamento de nível elevado entre as duas siglas no estado. A decisão, por consequência, deixa o PT numa condição de independência na Assembleia Legislativa de Pernambuco, onde possui três deputados estaduais, Dulcicleide Amorim, Teresa Leitão e Doriel Barros, este último presidente estadual da sigla e signatário da nota.
Após o desembarque, consolida-se a tese de que o PT apresentará mais uma vez uma candidatura própria ao Palácio do Campo das Princesas, com o nome do senador Humberto Costa como favorito na bolsa de apostas, uma vez que estará no meio do seu mandato no Senado e não arriscaria o cargo como candidato a governador.
O movimento ocorre num momento em que a deputada federal Marília Arraes, candidata petista a prefeita do Recife no ano passado, fez uma sinalização a favor da prefeita de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB) para que a gestora seja candidata a governadora em 2022, num claro sinal de descompasso do PT em Pernambuco.
Fonte – Edmar Lyra