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Simão em alta e a estratégia da oposição de Petrolina

Em Petrolina, Sertão do São Francisco, a grande discussão que começa a ganhar corpo na cidade, a pouco mais de um ano das eleições, é quem será o adversário – ou adversários – do atual prefeito Simão Durando (UB). No último final de semana, Simão comemorou seu aniversário em um clube de eventos, por onde passaram mais de 2,5 mil pessoas para felicitá-lo.

O prefeito aproveitou para comemorar o resultado de uma pesquisa recente, apontando que 70% dos petrolinenses aprovam sua gestão. Nesse mesmo levantamento, o provável candidato apoiado pela governadora Raquel Lyra (PSDB), seja ele quem for, não decola. Ao menos nesse primeiro momento.

Prefeito de Petrolina por dois mandatos, Julio Lossio já foi às rádios dizer que é, sim, pré-candidato mais uma vez. No entanto, ele ressaltou que, caso o assessor especial do Governo de Pernambuco, Guilherme Coelho (PSDB), queira ir para a disputa majoritária, aceitaria ser seu vice. Em 2012, Guilherme foi vice de Lossio, quando foi reeleito.

Por outro lado, ainda não se sabe qual será o posicionamento do deputado federal Lucas Ramos (PSB), que já tinha manifestado a intenção de disputar a prefeitura em 2024. Porém, na reunião da semana passada que consolidou a aliança política entre o grupo do ex-prefeito Miguel Coelho e o prefeito do Recife (PE), João Campos, o fator ‘PSB de Petrolina’ não esteve à mesa. O compromisso, inclusive, deve ter sido o de a legenda socialista não ter candidato na Capital do São Francisco.

Amigos próximos de Lucas dizem que ele será candidato de qualquer jeito, já que precisa dessa movimentação política para cacifar seu nome e, quem sabe, disputar até com chances de vencer. Já o PT ainda não jogou as cartas na mesa de forma mais decisiva. Filiou o ex-reitor da Univasf, Julianeli Tolentino, mas até o momento o seu nome no jogo não passou de especulações.

Tem gente que ainda acha cedo para se falar de sucessão municipal. Até o saudoso político pernambucano Marco Marcial já falava que “quem tem tempo, não tem pressa”. Mas para enfrentar o prefeito Simão com a popularidade em alta e a força do grupo Coelho, derramando investimentos em Petrolina, o mais aconselhável seria partir para o jogo o mais rápido possível.
Fonte – Folha PE – Carlos Britto

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